A 6 de setembro de 1997 todos os olhos do mundo estavam postos naquele caixão. A urna seguia numa carruagem – e depois numa viatura fechada – e atrás caminhavam o príncipe Carlos, os filhos William e Harry, com 15 e 12 anos na altura, e Charles Spencer, irmão de Diana.
Durante os mais de 13 quilómetros de cortejo fúnebre, o mundo acompanhou o caixão da princesa de Gales, pelas ruas de Londres, desde o Palácio de Saint James até à Abadia de Westminster.
E agora parece que tudo o que vimos é mentira. Pelo menos a parte do caixão, que estaria afinal vazio. Quem o garante é a jornalista Concha Calleja, que investigou sobre o assunto e publicou tudo no livro ‘Diana. Réquiem por una mentira’ (‘Diana. Réquiem por uma mentira’, sendo que réquiem é uma missa de homenagem aos mortos).
“O William e Kate Middleton sabem que a princesa Diana foi cremada e enterrada com os Spencer. Ele e o seu irmão Harry sempre souberam. E a evidência mais forte é que visitaram a Igreja da Virgem Santa Maria, um dia antes do seu casamento”, contou a autora do livro, lançado a 24 de junho, à ‘Vanitatis’.
A jornalista não tem pudores em afirmar que toda esta suposta mentira é um escândalo. “O cortejo fúnebre de Diana em Londres era de mais de 13 quilómetros e foi liderado pelos seus dois filhos, o seu ex-marido e o seu irmão. E o melhor de tudo é que acompanhavam uma caixa de madeira sem restos mortais porque Diana já estava enterrada na cripta familiar do seu pai. Pura encenação. E um insulto para os que a amavam”, assegurou Concha.
Segundo referiu na entrevista, a cripta da Igreja da Virgem Santa Maria é a mesma que tem a família Spencer há 20 gerações. E era lá que Diana queria ser enterrada, escrevendo isso mesmo num testamento que deixou. Mas supostamente o corpo terá sido sepultado no mausoléu criado, como o próprio irmão o conde de Spencer disse, numa ilha artifical em Althorp.
“Para desvendar todas essas mentiras recolhi provas forenses, provas policiais, entrevistas, imagens e documentos não publicados. A primeira vez que visitei a pequena ilha artificial de Althorp, propriedade da família Spencer e na casa de Diana, onde eles dizem que ela foi enterrada e para onde centenas de turistas que viajam todos os anos para a homenagear. É sabido que o seu irmão Charles, o nono Earl [Conde] Spencer, se apressou em construir um grande mausoléu, que se tornou hoje em todo um negócio”, continuou.
E, para adensar a dúvida, a cripta dos Spencer foi aberta a 1 de setembro de 1997 e apenas encerrada a 4 de setembro. O acidente de viação de Lady Di no túnel de Alma, em Paris, foi a 31 de agosto.
“E o que é mais alucinante é que os moradores com quem falei na minha investigação mantêm que na noite de 4 de setembro o crematório de Great Brington estava a funcionar e ninguém tinha falecido naquela terra de 150 habitantes. Apenas poucos se atreveram a reconhecer com sinceridade que a versão oficial sobre o enterro da princesa não é aquela que nos quiseram transmitir oficialmente estes 20 anos”, disse a jornalista.
E 20 anos depois da morte da ‘Princesa do Povo’, a sua morte continua bem presente.