O filho mais novo de Donald Trump, assim como a mulher do Presidente, chegaram à residência do comandante-chefe da nação norte-americana a 12 de junho. Barron e Melania Trump viviam até aqui no apartamento de luxo na Trump Tower, em Nova Iorque, e só se mudaram para Washington no final do ano letivo do rapaz, de 11 anos.
“Looking forward to the memories we’ll make in our new home! #Movingday” (Mal posso esperar pelas memórias que iremos criar na sua nova casa! #diademudança), referiu a Primeira-Dama nas redes sociais.
A chegada de Barron e Melania foi feita ao lado de Donald Trump, depois dos três terem passado o fim de semana no clube de golfe do magnata em Bedminster, Nova Jérsia. Os pais da antiga modela, Amalija e Victor Knavs, também lhes fizeram companhia e aguarda-se que surjam mais vezes em público e em Washington.
Barron Trump, único filho em comum do casal presidencial, será a primeira criança do sexo masculino a viver na Casa Branca desde John-John Kennedy, filho do antigo presidente John F. Kennedy (1961-1963) e Jacqueline Kennedy.
O rapaz irá viver entre o segundo e terceiro andares da Casa Branca, pois os aposentos privados da família presidencial ficam ali. Assim como os pais, as crianças podem decorar os seus próprios espaços.
Cada Primeira Família também possui autorização para usar os espaços privados da forma como quiserem. Os Bush, por exemplo, “eram muito abertos com os aposentos privados. Laura Bush até deixou realizadores de documentários filmarem lá”, disse o correspondente do ‘New York Times’, Jodi Kantor, à revista ‘Chicago’ em 2012.
Em contraste, os Obamas mantiveram as suas residências extremamente confidenciais. “A sua atitude com os quartos privados [era]: Esta é a casa de Sasha e Malia”, adiantou Kantor.
Agora Barron, que tem aproximadamente a mesma idade que Malia tinha quando Barack se tornou presidente, terá tudo só para si.
Quanto à segurança, tal como o próprio Presidente, a Primeira Família recebe os seus próprios detalhes de segurança que os protegem 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Considerando a muita segurança que envolvia a sua casa em Nova Iorque, Barron deve habituar-se facilmente a esta mudança.
De acordo com o historiador Edward Lengel, as crianças da Casa Branca não têm muita privacidade ou liberdade de movimento para além do seu lar privado.
Fácil não foi, por exemplo, a vida dos guarda-costas das filhas gémeas de George W. Bush. Jenna e Barbara eram bastante rebeldes, e adolescentes, e costumavam sair sempre sem dizer para onde iam nem com quem estariam. Já Chelsea Clinton era muito bem-comportada: fazia o relatório inteiro.
Barron também não se deve aborrecer, porque há muitas atividades que pode fazer. A Casa Branca tem um campo de basquetebol, uma pista de corrida, uma piscina, uma sala de cinema, uma sala de bilhar e uma pista de bowling.
A filha de Jimmy Carter, Amy, tinha uma casa na árvore construída no terreno da Casa Branca, enquanto Chelsea Clinton tinha um recanto isolado para tomar o pequeno-almoço. Nada que deva surpreender Barron, que supostamente tinha o seu próprio piso no apartamento da Trump Tower.
E se tiver fome, o filho de Donald e Melania pode ir ter com o staff de cozinha. O seu pai já encheu a divisão com os seus ‘snacks’ favoritos, como batatas fritas Lays. Há ainda uma cozinha especial dedicada aos doces.
Barron já fez anos (20 de março), mas os seus próximos aniversários e eventos importantes da sua vida podem ser feitos na Casa Branca. No verão de 2016, Malia Obama celebou o seu 18º aniversário com uma festa, onde não faltaram Kendrick Lamar e Janelle Monae.
E até ir em viagens oficiais com os pais. Tudo a bordo do Air Force One, ou do jato privado de Trump (quem não se lembra da controvérsia sobre qual avião seria o melhor, pouco depois de ter vencido as eleições?). Sasha e Malia Obama chegaram a ir com Michelle e Barack nas viagens a Cuba e à China.
O rapaz não deve estar presente, tão cedo, em banquetes de Estado, até porque as suas antecessoras só o fizeram numa idade mais avançada, mas terá três obrigações: o Easter Egg Roll (caça aos ovos da Páscoa), que aliás já fez este ano, o perdão ao perú no Dia de Ação de Graças e a cerimónia de iluminação da árvore de Natal nos jardins da Casa Branca.
Se Barron seguir a tradição da Casa Branca, irá ter provavelmente um animal de estimação. Tal como a família presidencial, o animal também se transforma num ícone nacional. Veja-se o caso dos dois cães de água português dos Obama. Sunny e Bo apareciam inclusivamente nos retratos oficiais.
Já os Bush tinham cinco animais de estimação. Mas ninguém bate Tad Lincoln, de sete anos, que em 1861 levou os seus póneis para a Casa Branca e que dormia com as suas cabritas, Nanny e Nanko, na cama.
Ao contrário do que tem acontecido, Barron Trump não irá para a instituição de elite, ‘Sidwell Friends’, onde Chelsea Clinton e Malia Obama se graduaram e que Sasha Obama ainda frequenta.
A criança irá para a escola privada St. Andrews em Potomac, Maryland. “Estamos muito entusiasmados pelo facto do nosso filho frequentar a Escola Episcopal de St. Andrew. É conhecida pela sua diversa comunidade e o seu compromisso com a excelência académica”, referiu Melania em comunicado.
Nos últimos 50 anos, a filha de Jimmy Carter, Amy, foi a única criança a frequentar uma escola pública em Washington.
Quando o ‘caçula’ da família Trump estiver em idade de namorar, pode ter a vida dificultada. Isto porque os filhos dos Presidentes estão no foco das atenções dos norte-americanos e da imprensa mundial, o que não é nada agradável para quem começar uma relação. Por exemplo, Chelsea Clinton namorou com o colega da Universidade de Stanford, Matthew Pierce, e o estagiário da Casa Branca Jeremy Kane. E sabemos disso porque na altura saiu nas notícias.
Fotos: Redes Sociais