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Castanheira de Pêra une-se no funeral de bombeiro herói

Gonçalo da Conceição Correia, de 40 anos, perdeu a vida quando ajudava pessoas que tiveram um acidente ao fugir do incêndio em Pedrógão Grande. O bombeiro de Castanheira de Pêra não resistiu às queimaduras sofridas, quando prestava socorro, e morreu no hospital de Coimbra.

Esta quarta-feira, 21 de junho, foi a enterrar o bombeiro herói.

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro António Costa, a ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa – que se emocionou à chegada ao local -, o presidente da Assembleia da República Ferro Rodrigues e os líderes do PSD, Passos Coelho, do BE, Catarina Martins, do CDS, Assunção Cristas, do PS, Carlos César, estiveram presentes nas cerimónias fúnebres.

A urna, que estava no quartel dos bombeiros de Castanheira de Pêra, foi transportada pelos colegas para a Igreja de São Domingos, onde se realizou o funeral.

Vários colegas, políticos e sobretudo cidadãos fizeram questão de estar presentes nesta última homenagem ao soldado da paz.

Gonçalo da Conceição Correia, de 40 anos, era casado e deixa um filho.

Os quatro bombeiros de Castanheira que seguiam na mesma viatura que Gonçalo, e que também sofreram um acidente e queimaduras, encontram-se ainda hospitalizados.

Entretanto a ministra da Justiça revelou hoje que o Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) já concluiu todas as autópsias aos cadáveres recolhidos durante a tragédia de Pedrógão Grande, embora alguns desses corpos estejam ainda por identificar.

“A identificação está a ser um trabalho em colaboração com a Polícia Judiciária”, adiantou Francisca Van Dunem, esclarecendo que essa “identificação judiciária” resulta quer do reconhecimento dos corpos através de familiares das vítimas, quer de informações recolhidas localmente pela PJ sobre os automóveis em que as pessoas estavam ou outros elementos de natureza médico-legal como altura e idade aproximada das vítimas.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e foi dado como dominado na tarde desta quarta-feira provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.

O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra – sendo Góis o que mais preocupa agora -, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 30 mil hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.