O antigo campeão de ténis lança esta terça-feira, 27 d ejunho, um livro que fala da sua vida profissional e pessoal. Em ‘But Seriously’ (‘Mas a sério’, em tradução quase literal), John McEnroe fala, entre muitas outras coisas, da sua relação com a figura maior do movimento Pop Art.
“Medíocre” é um dos adjetivos que o ex-tenista usa para descrever Andy Warhol, com quem teve sempre muitos problemas para entrar no Studio 54, a mítica discoteca nova-iorquina onde ia a ‘nata’ da comunidade artística.
“Ele estava sempre em todas as festas a que eu fui, tirar fotos de madrugada, embora estivesse completamente passado, lembro-me de pensar: ‘Quem é este bicho raro de peruca? E que faz com a câmara às três da manhã?'”, recordou um dos maiores nomes do mundo do ténis, referindo-se ao facto de Warhol andar sempre com uma Polaroid a tirar fotos de famosos.
Fotos essas que ainda são famosas, pois nelas imortalizou Mick Jagger, Yves Saint Laurent, Jack Nicholson, Debbie Harry, Alfred Hitchcock, Pelé ou Joan Collins, entre outras celebridades.
“Era um autêntico estraga-clima”, disse McEnroe, ainda que tenha usado uma linguagem mais explícita ao querer dizer que lhe arruinou a vida sexual. Ele que é conhecido pelo seu mau temperamento.
Apesar de achar Andy Warhol um artista “medíocre”, comprou-lhe alguns quadros. Um é a pintura de um retrato de John com a atriz Tatum O’Neal, na altura em que eram casados.
Vencedor, por três vezes, do Wimbledon e, durante quatro vezes, do U.S. Open, o norte-americano arrecadou essa pintura num leilão solidário por 30 mil dólares. Anos depois, vendeu-a por 400 mil dólares.
Entusiasta de arte moderna, o campeão da década de 70 e 80 tem uma galeria com o seu nome em Nova Iorque, onde se incluem obras de arte do “medíocre” Warhol.
