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Theresa May vence eleições britânicas sem maioria absoluta mas promete “estabilidade”

Venceu e perdeu, ao mesmo tempo, a noite eleitoral desta quinta-feira à noite. Theresa May ganhou as eleições mas perdeu a maioria absoluta e ficou ainda com menos força do que tinha para enfrentar as negociações do ‘Brexit’.

O Partido Conservador perdeu pelo menos 12 deputados em relação às eleições anteriores, em 2015.

Com 643 dos 650 lugares declarados, os tories conseguiram garantir 313 deputados, aquém dos 326 necessários para garantir a maioria absoluta.

O Partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn, garantiu 260 lugares na nova composição da Câmara dos Comuns.

“Nesta altura, mais do que qualquer coisa, este país precisa de um período de estabilidade. Se de facto o Partido Conservador conquistou o maior número de lugares e o maior número de votos, caberá a nós o dever de garantir um período de estabilidade, e é precisamente isso que vamos fazer”, assegurou a primeira-ministra.

Já Jeremy Corbyn foi mais longe e sugeriu a demissão da líder conservadora. “O mandato que Theresa May recebeu foi a perda de lugares para o Partido Conservador, a perda de votos, a perda de apoios e de confiança”, começou por reagir. “Para mim, isso seria o suficiente para ir embora e abrir caminho a um Governo verdadeiramente representante de todas as pessoas neste país”.

Até no próprio Partido Conservador, algumas vozes apelaram ao afastamento de Theresa May. Isto porque foi esta quem forçou a marcação de eleições antecipadas, quando o próximo ato eleitoral legislativo estava previsto apenas para 2020.

Ao propor-se a eleições, a primeira-ministra britânica procurava alargar a maioria absoluta obtida pelos conservadores em maio de 2015 e legitimar-se enquanto líder efetiva do Governo. E de facto, segundo as sondagens em abril, era provável que a candidata tivesse uma vitória esmagadora dos conservadores e fortalecesse a maioria absoluta. E não foi isso que aconteceu.

Theresa May chegou ao poder em julho do ano passado em substituição direta de David Cameron, o antigo primeiro-ministro, que apresentou a demissão na sequência da vitória do ‘Brexit’ no referendo.

Fotos: Facebook