O incêndio florestal começou este sábado mas foi a partir das 20h00 que, fruto de ventos intensos, se deu a tragédia em Pedrógão Grande, Leiria: 43 pessoas morreram e 59 ficaram feridas.
Trata-se de uma das maiores tragédias em Portugal dos últimos 50 anos, provocada por um incêndio.
Entre as vítimas mortais, 18 foram encontradas em carros e quatro estavam numa outra área junto ao Itinerário Complementar 8.
Outras três morreram por inalação de fumos, indicou o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, em declarações aos jornalistas esta manhã junto ao posto de comando, em Pedrógão Grande.
Jorge Gomes disse ainda haver 59 feridos, a maioria civis, 18 dos quais foram para hospitais de Lisboa, Coimbra e Porto. Há cinco pessoas feridas com gravidade: quatro bombeiros e uma criança.
Ainda está em curso o combate às chamas com 700 homens no terreno. As chamas atingem os concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, com quatro frentes de fogo ativas.
Dois aviões canadair espanhóis deverão chegar esta manhã para ajudar no combate às chamas e espera-se também ajuda francesa.
Já durante a madrugada, o Governo tinha declarado o estado de contingência, dada a dimensão do fogo e suas consequências.
“O estado de contingência ativa determinados meios e permite também outras possibilidades para tudo o que se vier a desenrolar a partir daqui e também para o que já aconteceu”, disse o secretário de Estado da Administração Interna.
O governante adiantou que foram mobilizados quatro pelotões do Exército para, logo pela manhã, procederem a operações de rescaldo e verificação.