O gesto solidário de uma enfermeira de origem judaica está a correr mundo, pois é visto como exemplo de altruísmo, bondade e humanidade. Isto porque a profissional de saúde colocou o espírito de compaixão acima de todas as guerras existentes devido a religiões, culturas e raças.
A enfermeira judia Ula Ostrowski-Zak amamentou um bebé palestiniano de nove meses, Yaman, que deu entrada no Hospital Hadassah Ein Kerem, em Jerusalém. Esta atitude salvou a vida ao pequeno.
O menino tinha sobrevivido a um acidente de carro, devido ao qual o pai acabou por falecer. Já a mãe sofreu uma grave lesão na cabeça, o que não lhe permitia amamentar o filho, que acabou por rejeitar o leite engarrafado que lhe foi dado.
Depois de sete horas sem alimento, a saúde de Yaman começou a piorar e a enfermeira, mãe de três filhos, pegou na criança ao colo e amamentou-a “sem pensar duas vezes”, como disse mais tarde.
“As tias do bebé ficaram surpresas por uma judia ter concordado em amamentá-lo, mas eu disse que qualquer mãe faria isso. Elas abraçaram-me e agradeceram”, contou a enfermeira.
A profissional amamentou cinco vezes o bebé durante a noite. Depois de ter terminado o turno, decidiu criar uma campanha nas redes sociais para encontrar outras mães na região para salvarem o bebé. Em pouco tempo, milhares de mulheres se ofereceram para esta causa, o que mostra que existe uma solidariedade mais forte do que a histórica e violenta guerra entre Israel e Palestina.
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