O número de animais de estimação em Portugal tem vindo a aumentar de ano para ano: 56% das famílias portuguesas têm pelo menos um animal de estimação, mais de um terço (36%) das famílias com animais de estimação têm um cão e 22% têm gatos.
Dados de 2016 apontavam para 6,2 milhões de animais nos lares portugueses e nos últimos cinco anos (entre 2011 e 2016) há cada vez mais lares a adotar um animal.
Todos os dias deparamo-nos com informação sobre a importância da alimentação nos primeiros dias de vida de um bebé. Mas será que estamos informados relativamente aos nossos animais de estimação? Com que idade deve ser feito o desmame? Quando devemos começar a introduzir a alimentação sólida na dieta dos nossos animais?
Por isso há que ter em conta a importância de adequar uma correta nutrição na vida dos cachorros e gatinhos durante o seu desenvolvimento.
Os primeiros meses de vida são os mais importantes para o desenvolvimento dos cachorros e dos gatinhos. É essencial adotarmos bons cuidados alimentares e uma alimentação adequada desde o início, de forma a favorecer a formação dos ossos, desenvolvimento muscular e as suas defesas imunitárias.
Durante as primeiras semanas de vida (0 – 4), tanto os cachorros como os gatinhos devem alimentar-se com leite materno, que contém colostro, o primeiro leite produzido pela mãe após o parto e que é essencial para os animais, já que transporta substâncias que vão proteger o recém-nascido de doenças infecciosas.
Durante as semanas seguintes, a diminuição na produção de leite leva a mãe a regurgitar alimento a fim de suplementar as refeições dos filhotes, já que eles começam a interessar-se pela comida da mãe. Esse período marca o começo do desmame que acabará entre a sexta e a oitava semana. Como qualquer transição alimentar, o desmame deve ser uma operação gradual que possibilite a troca da dieta láctea para uma dieta que atenda à fase de crescimento.
O período de crescimento mais rápido, tanto nos cachorros como nos gatinhos, dá-se nos primeiros 3 a 6 meses de vida. Os crescimentos demasiado rápidos podem originar problemas ortopédicos e esqueléticos e, por isso, é recomendada que a alimentação dos animais seja feita de forma adequada e controlada.
Os cães e gatos em desenvolvimento devem alimentar-se com uma dieta específica para esse fim e ter em conta que as suas necessidades não são as mesmas do que as nossas. Assim, devemos controlar periodicamente o seu peso e condição corporal, de modo a assegurar um ritmo de crescimento adequado e um bom equilíbrio nutricional.