A afirmação é de Mark Fleischman, dono do mítico clube ‘Studio 54’, em Manhattan, Nova Iorque, entre os anos de 1981 e 84, e vem agora a público por causa de um livro que escreveu sobre aquele espaço.
“O Dodi adorava Quaaludes, cocaína de boa qualidade e mulheres sensuais e ele tinha muito de cada”, escreveu nas suas novas memórias em ‘Inside Studio 54’ (Dentro do Estúdio 54), que será lançado a 19 de setembro.
De acordo com o antigo dono do clube, Dodi al-Fayed – numa altura em que ainda não conhecia a princesa Diana de Gales, com quem depois namorou e acabou por morrer na mesma noite de 31 de agosto de 1997 no acidente de viação em Paris – era um playboy rico, pois o seu pai Mohamed era dono dos armazéns ‘Harrods’ em Londres.
Por isso era habitual vê-lo na companhia de supermodelos, estrelas pop e lendas de Hollywood. Todos consumiam droga e tinham, frequentemente, relações sexuais em cantos escondidos do clube, adiantou Mark.
Os dois homens tornaram-se tão próximos que iam ‘limpar’ clubes gays ilegais às 05h00 da madrugada naquela que era uma das zonas mais perigosas da baixa de Nova Iorque.
Entre o grupo de famosos com quem Dodi tinha amizade, incluem-se a cantora e atriz Liza Minnelli, o cantor Joe Cocker, os atores Tony Curtis, Robin Williams, John Belushi e Nick Nolte.
“Dodi, filho do bilionário egípcio Mohamed Al Fayed, dono do Harrods em Londres na altura, sempre tinha a mais fantástica cocaína”, assegurou Fleischman no livro, especificando ainda que Dodi adorava ‘Crisco Disco’ (nome de uma marca de óleo de cozinha usado como “lubrificante popular para homens gays”).
O autor da obra refere ainda que Robin Williams “tinha um enorme apetite por cocaína e álcool” e que John Belushi “era muito engraçado mas tinha um lado mau quando estava bêbedo e pedrado”.
Outras celebridades regulares no ‘Studio 54’ eram: Keith Richards, Ronnie Wood, Jack Nicholson, Ryan O’Neal, Farrah Fawcett, Cher, Goldie Hawn, David Bowie, Rod Stewart, Andy Warhol, Drew Barrymore, Heather Locklear, Naomi Campbell, Christie Brinkley, Stephanie Seymour e Linda Evangelista.
Resumindo sobre o seu tempo no clube, na altura, Fleischman escreveu: “Fui varrido para um mundo de celebridades, drogas, poder e sexo”.
“Fui o líder por quase quatro anos e fiquei embriagado com a cena – corpos a girar na pista de dança, sexo na varanda e tudo a acontecer no lounge das mulheres e no Rubber Room [quarto de borracha]”.
O antigo dono acrescenta que a “cena de Sodoma e Gomorra” era possível porque os recantos do clube eram “perfeitos para a interação sexual”.
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