Podemos vê-lo como ‘Hadja’, o cantor famoso e dono da Gafieira que tem uma relação turbulenta e apaixonada com a mulher ‘Jessica’ (Susana Arrais), em ‘Ouro Verde’ e em breve iremos vê-lo num registo completamente diferente.
“Sou o Javiar Tiburón González. É a pessoa que está à frente do tráfico de droga e não só. É muito interessante, especialmente depois de sair de um ‘Hadja’, que era uma personagem consensual, que as pessoas gostam”, contou o ator aos jornalistas à margem das gravações da novela ‘A Herdeira’, a próxima aposta para o horário nobre da TVI.
Pedro Hossi começou as rodagens da nova trama do canal de Queluz logo que aquelas arrancaram para contracenar com Kelly Bailey. Três semanas depois, a gravar em Viana do Castelo, o ator fez um pequeno balanço dos seus dias de trabalho.
“Estava a terminar as gravações de ‘Ouro Verde’ e comecei aqui”, disse, acrescentando que contou com uma ajuda importante para se conseguir desligar da personagem anterior num curto espaço de tempo.
“Comecei a trabalhar com a Susana Arrais, e com a direção de atores também, mas ninguém melhor que ela para perceber quando apareciam sinais do ‘Hadja’. É um desafio, tive poucos dias para mudar de registo completamente”, lembrou.
Até porque ‘Tiburón’ é um vilão que promete dar que falar… e provocar ódios. “É um homem duro, que utiliza a força corporal para prevalecer sobre os outros. Estou a adorar fazer e espero que em casa gostem”, desejou.
“É uma energia diferente. Este talvez exija mais de mim porque a forma como se apresenta às outras personagens é quase sempre de uma forma agressiva e eu não sou agressivo. Sinto-me mais cansado ao final do dia do que a fazer do ‘Hadja'”, diferenciou.
O processo de composição da personagem implicou o visionamento de alguns filmes como ‘Pulp Fiction’ (“o cinema é a minha grande paixão”) e o trabalho com Susana Arrais e a direção de atores.
“Esta personagem está em várias frentes na história. Durante o dia tem um trabalho [operacional na produtora de bivalves], à noite tem outro [dono de um bar de alterne], de madrugada tem outro ainda [cartel de droga]. É super ocupado”, riu-se. “Ele é mau como as cobras. Não sei o que vai acontecer nem quero fazer futurologia mas não o vejo a acabar bem”, previu, bem-disposto.
O descanso, esse, fica para depois. “No meu mundo perfeito, que não existe, eu agora estaria de férias. Só que era irrecusável sair de um ‘Hadja’, que é uma personagem popular, que as pessoas gostam e as crianças adoram, para um vilão. Tenho consciência que é uma grande aposta do canal em mim portanto as férias vão ter de esperar”, desvalorizou.