O condutor da carrinha que invadiu, quinta-feira, as Ramblas, no centro de Barcelona, tendo atropelado e provocado pelo menos 13 mortos e cerca de 100 feridos, continua a monte.
Mas o Estado Islâmico já reivindicou o atentado.
Durante esta madrugada houve um segundo ataque em Cambrils (Tarragona, sul de Barcelona), que fez pelo menos sete feridos. Um veículo investiu sobre uma multidão na localidade balnear de Cambril e atropelaram várias pessoas. Os cinco suspeitos, que teriam explosivos presos ao corpo, foram abatidos pela polícia catalã – que estabeleceu um laço entre o atentado nas Ramblas com este por seguir “o mesmo método, há uma ligação” – e os explosivos foram detonados.
Entretanto foram já detidas três pessoas, mas nenhuma será o condutor da carrinha usada no ataque de ontem. Nesse mesmo dia foram detidos dois suspeitos, em Ripoll e Alcanar, e esta sexta-feira foi detido um terceiro, igualmente em Ripoll (a 100 quilómetros de Barcelona).
Quanto ao primeiro suspeito, cuja identidade foi avançada ontem com a devida fotografia, pode haver uma possível troca de identidade.
Driss Oukabir, cidadão marroquino nascido em Aghbala e a viver legalmente em Espanha, foi o primeiro a ser detido. Mas um homem que diz ser Driss Oukabir apresentou-se durante a tarde na esquadra de Ripoll, em Girona, e afirmou que lhe roubaram os documentos.
A notícia foi avançada pelo jornal ‘La Vanguardia’, que citou o alcaide de Ripoll. A polícia tentou esclarecer por que razão o homem não participou o roubo dos seus documentos.
Suspeita-se que quem terá furtado os documentos terá sido Moussa Oukabir, o irmão mais novo de Driss, que reside em Barcelona e tem 18 anos.
Driss Oukabir nasceu a 13 de janeiro de 1988 e é conhecido das autoridades espanholas, depois de ter cumprido pena na prisão de Figueres, de onde saiu em 2012, revelou o ‘El Pais’.
Sabe-se que chegou a Espanha proveniente de Marrocos a 13 de agosto e que a polícia está a tentar perceber com quem se relacionava, para chegar a todos os envolvidos no atentado terrorista.
Segundo as autoridades polícias espanholas, teria sido Oukabir a alugar a carrinha em Santa Perpétua de la Mogoda.
Entre as vítimas de Barcelona há cidadãos de França, Alemanha, Espanha, Holanda, Argentina, Venezuela, Bélgica, Austrália, Hungria, Peru, Irlanda, Grécia, Cuba, Macedónia, China, Itália, Roménia e Argélia.
Na sequência do atentado, o presidente do governo espanhol decretou três dias de luto nacional. Em Barcelona, Mariano Rajoy disse que a ameaça terrorista é global e que por isso a resposta tem de ser também global.