Os pais da jovem portuguesa dada como desaparecida em Barcelona, na quinta-feira, foram chamados pelas autoridades espanholas para verificarem a identidade de uma das vítimas no Instituto Forense.
“As autoridades espanholas acabam de chamar os pais da jovem que até agora não se tinha encontrado, para o Instituto Forense, no sentido de verificarem, se no conjunto das vítimas mortais, se encontra essa jovem”, afirmou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, esta sexta-feira.
E este sábado foi o primeiro-ministro a confirmar que a jovem é a segunda vítima mortal portuguesa neste atentado. António Costa falava com os jornalistas em Andrães, Vila Real, onde está a visitar o dispositivo de combate a incêndios.
Luís Carneiro tinha avançado ontem que as autoridades espanholas solicitaram a Portugal “o envio das respetivas impressões digitais, depois das diligências feitas, esta tarde, junto dos hospitais, onde não foi possível encontrar a jovem entre os feridos”.
Segundo o secretário de Estado, “tudo leva a crer que a jovem esteja entre as vítimas mortais”, o que se veio a confirmar.
A outra vítima mortal portuguesa foi a sua avó, uma mulher, de 74 anos, residente na área da Grande Lisboa, cujo nome também ainda não foi divulgado.
Quanto às outras vítimas mortais – 13 nas Ramblas e uma em Cambrils – já foram divulgadas mais identidades e histórias.
Luca Russo, 25 anos, italiano
O segundo italiano entre os mortos era natural de Bassano del Grappa e estava na cidade com a noiva, Marta Scomazzon, que teve ferimentos ligeiros. Ambos eram voluntários da Cruz Verde italiana e Russo era engenheiro.
Francisco López Rodríguez, 57 anos, espanhol
Foi a primeira vítima espanhola identificada. Era natural de Lanteira, localidade na região de Granada. A sua mulher está gravemente ferida e um sobrinho-neto, um menino de três anos, também morreu.
Javi Martínez, 3 anos, espanhol
A vítima mais jovem do atentado era o sobrinho-neto de Francisco López Rodríguez. Morava em Rubí e estava em Barcelona num passeio de família com os pais e tios. Uma tia, que tentou proteger o menino do atropelamento, ficou gravemente ferida.
Elke Vanbockrijck, 44 anos, belga
Estava a passar férias na cidade com o marido e os dois filhos, de 11 e 14 anos.
Ian Moore Wilson, canadiano
Estava a viajar com a mulher, com quem era casado há 53 anos, e que ficou ferida no atentado.
Jared Tucker, 42 anos, norte-americano
Trabalhava na construção civil e era pai de três filhas. Estava em Barcelona com a mulher, Heidi Nunes, a celebrar o aniversário de casamento. A esposa diz que, com a confusão gerada pela correria das pessoas em fuga, foi empurrada para dentro de uma loja e perdeu-se do marido.
Pepita Codina, 75 anos, espanhola
Moradora de Sant Hipòlit de Voltregà, Codina estava acompanhada por sua filha, Elisabet, que ficou ferida, mas não corre risco de vida, embora ainda esteja hospitalizada.
No total há pessoas de 34 nacionalidades diferentes entre os mortos e os cerca de 130 feridos.
Esta sexta-feira, a polícia terá associado a responsabilidade do atentado a Moussa Oukabir, abatido em Cambrils. No entanto, informa o ‘El País’, a hipótese de que terá sido Younes Abouyaaqoub, um marroquino de 22 anos – que está a monte – a conduzir a carrinha branca nas Ramblas ganhou força durante a tarde.
Quanto ao ataque ocorrido ontem em Turku, na Finlândia, não há qualquer cidadão português ferido. Cinco pessoas foram detidas durante a noite. A polícia diz que o ataque, que causou dois mortos, ambos finlandeses, e feriu oito cidadãos, entre eles dois suecos e um italiano, está agora a ser investigado como um ato de terrorismo.