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Hoje há um eclipse do sol. Saiba como ver

O eclipse total do sol não é visível na Europa, mas é possível acompanhar através da transmissão da NASA. Já em Portugal podemos ver um eclipse parcial.

Nos Estados Unidos será o primeiro eclipse total do Sol desde 1979 (no continente), mas visto de Portugal o eclipse solar vai ser bem menos impressionante. Ainda assim, o final do dia vai trazer um fenómeno que é raro e vale a pena ver: um eclipse parcial, com a sombra da Lua a cobrir mais ou menos um quinto do Sol.

Outra opção é seguir o fenómeno através das muitas transmissões ao vivo na internet, como a da agência espacial norte-americana NASA no YouTube e Facebook, a partir das 17h00 (hora portuguesa).

Em Portugal, o eclipse começa a partir das 19h44 no Porto e às 19h46 em Lisboa, quando o sol já se encontra próximo do ocaso, altura em que as condições de observação não são as melhores, salienta o Observatório Astronómico de Lisboa.

No Porto, o seu máximo acontece às 20h22 e a percentagem do Sol oculta é de cerca de 16%. Em Lisboa atinge às 20h23 o máximo e a área solar coberta vai até aos 19%. Em Faro, o eclipse começa às 19h47 e às 20h27 o máximo da parte tapada chega quase aos 22%.

Na Madeira, a visibilidade do eclipse será a partir das 19h48 com apenas 33% da superfície encoberta. Nos Açores, a partir das 18h40 com apenas 28% da superfície encoberta.

A região onde o eclipse é total vai percorrer uma trajetória do Oceano Pacífico ao Atlântico, atravessando os Estados Unidos no sentido noroeste a sudeste, da costa do Oregon à costa da Carolina do Sul. Nessas regiões, a lua apenas cobrirá o sol na totalidade durante poucos minutos.

Para assistir a um fenómeno assim sem sair de Portugal será preciso esperar nove anos, até 2026. A 12 de agosto o melhor local será mesmo o norte do País, que terá mais de 90% de obscuridade.

Apesar de as condições não serem boas, o OAL lembra que é perigoso observar diretamente o Sol, já que há graves riscos para a visão humana se os procedimentos de segurança corretos não forem acautelados.

O uso de óculos escuros normais ou radiografias não são recomendados. Nunca se deve observar o sol diretamente sem filtros solares oculares e quando se fizer uso destes, não os deve combinar com câmaras fotográficas, binóculos ou outros instrumentos óticos.

Nunca deve também usar óculos escuros, vidros negros ou películas fotográficas para olhar para o sol ou exceder a observação contínua por períodos de mais 30 segundos, para evitar o calor na retina, que apesar de ser indolor, queima, causando lesões irreversíveis, como a cegueira parcial ou total.

Há quatro tipos de eclipses solares: o total, em que a Lua tapa o Sol; o anular, quando a Lua cobre o centro do Sol, mas fica visível um anel da estrela; o parcial, em que a Lua tapa parcialmente o Sol; e o híbrido, em que nalguns locais o eclipse é total e noutros é anular.

Foto: Facebook