Aos 73 anos, o cantor romântico parece cair na real, reconhecendo que não foi um pai perfeito, nem um homem fiel. Em entrevista à uma televisão da Galiza, Julio Iglesias abriu o coração assumindo que a relação com os filhos nunca primou pela normalidade.
As obrigações profissionais afastaram-no da prol, principalmente de Enrique Iglesias, fruto do primeiro casamento com Isabel Presley, que dele herdou o talento. “Falar do meu filho Enrique é muito complicado. A emoção que sinto quando o vejo brilhar não se compara a nada. Não tenho uma relação fácil com ele, pois Enrique é muito pessoal, não admite sugestões. E sempre que falamos fazemo-lo sobre coisas superficiais, mas é um campeão e creio que é muito parecido comigo”, referiu.
Julio Iglesias frisou que não são vistos muitas vezes juntos, o que não significa que se deem mal. Com a conversa centrada em Enrique, revelou que ele o faz chorar “muitas vezes” por tocar-lhe em pontos fracos. Mas, ele “é um rebelde com razão, porque não fui um pai muito apegado aos meus filhos e não tive tempo para estar com eles. Para mim, um pai é aquele que leva os filhos ao colégio, que lhe pergunta pelas aulas”, acrescentou, consciente do que faltou.
Numa conversa intimista, Julio ainda falou das mulheres da sua vida (e não foram poucas): “Gostei muito de miúdas e aprendi a desejá-las. Se não as quisesse muito não podia ter oito filhos”.
Na contabilidade não entra Javier, o filho nunca assumido da relação fugaz com a portuguesa Maria José Santos e que se junta a Enrique, Julio José e Chabeli, frutos do casamento com Isabel Preysler, e de Miguel Alejandro, Rodrígo, as gémeas Victoria e Cristina e Guillermo, do casamento que ainda mantém com Miranda Rijnsburger.
Apesar disso, reconheceu que sempre foi “fiel ao amor, mas não um homem fiel”, não tivesse ele cantado sempre sobre o mais nobre sentimento por todo o mundo, fazendo suspirar o público feminino também com o salero com que mexia a anca em palco.