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Paparazzo responsável por captar beijo entre Diana e Dodi fala pela primeira vez

O jornal ‘Sunday Mirror’ chamou-lhe apenas “o beijo”, em letras garrafais na capa mais memorável que publicou: o momento em que a princesa de Gales abraçava e beijava Dodi Al Fayed, a bordo do iate onde passavam férias ao largo da costa da Córsega, na França.

Estávamos a 10 de agosto de 1997 e, 21 dias depois, o casal – que ‘formalizava’ assim publicamente a sua relação – perdia a vida num acidente de carro em Paris.

Para muitos ficou conhecido como o “beijo do século” e o responsável por captar esse exclusivo foi o fotógrafo italiano Mario Brenna. O paparazzo decidiu agora – 20 anos depois da morte de Diana – falar pela primeira vez sobre esse momento.

“Vi movimento na ponta do iate: enquadrei a teleobjetiva e apareceram-me Diana e Dodi que admiravam os campos de golfe e as praias branquíssimas com as dunas e areia”, recordou o fotógrafo, atualmente com 60 anos.

O beijo ocorreu a 3 de agosto, mas só foi publicado dia 10. Apesar de Mario ter 20 anos de profissão e de palmilhar a Costa Esmeralda, Montecarlo e St. Moritz para apanhar famosos, foi ali que teve a foto da sua carreira. Uma notoriedade talvez só comparável às imagens que fez de Jacqueline Onassis com o armador grego Aristóteles Onassis na ilha de Skorpios.

‘Sunday Mirror’ com o exclusivo do beijo

Já há três dias que Brenna perseguia a ex-mulher do príncipe Carlos e o presumível amante. “Tirei a primeira foto, estavam a abraçar-se. Depois beijaram-se durante dez segundos. Tratei de não entrar em pânico: fotografei-os como se o assunto não fosse comigo. A minha frieza dominou-me”, explicou no livro “O beijo de Lady Diana”, publicado em exclusivo por Oggi [revista italiana].

O que se passou a seguir é história: um exclusivo que lhe valeu um milhão de libras no ‘Sunday Mirror’, fora outros três milhões de libras pela publicação da foto no resto do mundo.

E só agora é que decidiu falar sobre o assunto, porque os filhos de Diana já são adultos. “Quando soube da morte de Lady Di, desatei a chorar e decidi que nunca contaria o que tinha visto até que os filhos da princesa fossem grandes e maduros. Por respeito à sua memória, à de Dodi e das suas famílias”, justificou.

“Descobri a história de Diana com Dodi. Para mim foi um choque: as duas pessoas que umas semanas antes me deram o momento mais importante do meu trabalho, que as tinhas visto felizes e serenas, cúmplices, apaixonadas, cheias de vida, tinham desaparecido”, acrescentou.

Apesar da história de amor, o casal não se iria casar. Terá sido o fotógrafo inglês Jason Fraser, que tinha recebido uma informação de alguém muito próximo da princesa, a contar a colegas que Diana não tinha intenção de se casar com o playboy egípcio, filho do bilionário Mohamed Fayed e ex-dono dos armazéns Harrods, nem tinha recebido um anel de compromisso.

Memorial de Diana e Dodi no Harrods