A frequência sexual varia de acordo com a idade e depende de diversos fatores, como estilo de vida, saúde e libido. De acordo com um estudo do Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo, Género e Reprodução, nos Estados Unidos, a frequência tende a decair ao longo dos anos e pode variar de uma vez por semana a uma vez por mês.
Os jovens entre 18 e 29 anos têm, em média, 112 relações sexuais por ano, o corresponde a três encontros por semana.
Já em adultos de 30 a 39 anos, a média anual cai para 86, o que equivale a 1,6 relação por semana.
O grupo entre 40 e 49 anos tem 69 sessões por ano ou 1,3 relação semanal, um pouco mais da metade em relação aos mais jovens.
Esse resultado, segundo a pesquisa, deve-se ao facto de que, com o passar dos anos, as obrigações familiares, o stress do dia a dia e a perda de aptidão física e mental – que podem ser fatores agravantes para a queda da frequência sexual – tendem a aumentar.
Outro estudo, publicado no periódico científico ‘The Journal of Sex Research’, apontou que as mudanças físicas que ocorrem ao longo dos anos, juntamente com o quão velhos nos sentimos, podem influenciar a experiência como um todo.
“A conclusão que emerge desses estudos é que, à medida que envelhecemos, as nossas hipóteses de desenvolver condições de saúde crónicas aumentam e isso, por sua vez, afeta negativamente a frequência e a qualidade da atividade sexual”, explicou Justin Lehmiller, numa publicação do Instituto Kinsey.
E sim, o casamento também influencia diretamente a frequência sexual: 34% dos casados têm relações entre duas e três vezes por semana, 45% têm algumas vezes por mês e 13% apenas algumas vezes por ano.
Por outro lado, embora a frequência seja reduzida, as mulheres disseram que as suas vidas sexuais melhoraram com a idade.
Segundo um estudo apresentado no Congresso da Sociedade da Menopausa da América do Norte, de 2016, isso pode ter relação com o facto de as mulheres heterossexuais sentirem-se mais confortáveis sexualmente com o passar do tempo, tanto pela autoconfiança como pela comunicação com o parceiro, em relação aos primeiros anos de vida sexual.
Ou seja, as mulheres tendem a se concentrar menos na frequência e mais nos aspetos emocionais e íntimos do sexo ou até no conhecimento do próprio corpo.
Para os pesquisadores, a idade permite que os parceiros se concentrem mais na quantidade e qualidade do sexo do que na frequência. Afinal, o sexo mediano pode levar à insatisfação sexual num relacionamento, enquanto uma relação de qualidade, mesmo que de vez em quando, pode ser mais efetiva.
Pesquisas anteriores já sugeriram que pessoas casadas ou em relacionamentos estáveis fazem mais sexo e são mais felizes, mas esses benefícios estão diretamente relacionados à frequência, por exemplo, a felicidade dos entrevistados aumentava quando o sexo era mais frequente.
No entanto, essa frequência pode ser consideravelmente pequena, como uma vez por semana, por exemplo, já que aqueles que faziam com mais frequência, quatro ou mais vezes por semana, não relataram serem mais felizes do que os que faziam menos.