Chris Parker, de 33 anos, foi acusado de dois crimes de roubo que supostamente terá cometido no dia em que ocorreu o atentado de Manchester.
O sem-abrigo, que ficou conhecido como um herói, por ter ajudado as pessoas após o ataque terrorista irá ser presente a tribunal a 13 de setembro.
De acordo com a acusação, Chris Parker teria um cartão bancário pertencente a Pauline Healey, avó de Sorrell Leczkowski, de 14 anos, que foi morta no ataque.
Tinha também em sua posse um telemóvel de uma adolescente.
Parker negou as acusações e foi detido sob custódia em Manchester.
O atentado de maio, a seguir a um concerto de Ariana Grande, provocou 22 mortos e muitos feridos.
Depois de se saber inicialmente que o sem-abrigo terá ajudado algumas vítimas foi iniciada uma angariação de fundos para o ajudar. No total foram recolhidas 52 mil libras.
Também tinha tido já uma reunião com uma instituição de caridade que o iria ajudar.
“Aquilo estava cheio, todos felizes e tudo mais. À medida que as pessoas saíam das portas de vidro, ouvi um estrondo e, dentro de uma fração de segundo, vi um flash branco, depois fumo e então ouvi gritos. Aquilo deitou-me ao chão, levantei-me e, em vez de fugir, o meu instinto era correr atrás e tentar ajudar. Havia gente deitada no chão em todo o lado”, descreveu o sem-abrigo na altura.
“Deveria ser um herói, mas não sou um herói, apenas um rapaz normal, um sujeito normal”, adiantou.
Chris socorreu uma menina com ferimentos graves nas pernas e também prestou auxílio a Pauline, de 60 anos, que acabou por ficar em coma durante vários dias no hospital.
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