No próximo dia 28 de outubro, os The National sobem ao palco do Coliseu dos Recreios para apresentar o seu mais recente trabalho, ‘Sleep Well Beast’.
Apesar de já terem atuado em Portugal por mais de uma dezena de diferentes ocasiões, a verdade é que a lotação está esgotada há já muito tempo. Sinal de que a legião de fãs portugueses do grupo norte-americano não pára de aumentar e que todos querem sentir, ao vivo, as emoções que transbordam do novo trabalho.
Este 7.º álbum dos The National foi produzido pelo pelo compositor, guitarrista e teclista da banda Aaron Dessner, e teve a co-produção adicional do vocalista, Matt Berninger, e do guitarrista, Bryce Dessner, e a mistura ficou a cargo de Peter Katis. A gravações decorreram no estúdio Long Pond em Hudson Valley, Nova Iorque.
Há quem situe ‘Sleep Well Beast’ no campo da música eletrónica, mas outros encontram nele uma variante post-punk. Certo é que há muita agitação (também social) neste trabalho, conforme pode constatar na quarta faixa, ao ouvir o tema ‘The System Only Dreams in Total Darkness’.
Os Orelha Negra, um quinteto musical formado por Sam the Kid, Fred Ferreira, DJ Cruzfader, Francisco Rebelo e João Gomes, têm dois álbuns editados, o primeiro em 2010 e o segundo em 2012, igualmente homónimos como este 3.º, que chegou às lojas a 15 de setembro último.
Em janeiro de 2016, o grupo apresentou no CCB, em Lisboa, o álbum que iria ser lançado alguns meses depois, mas que, na verdade, só agora viu a luz do dia. Apesar do ano e meio de espera a que sujeitaram os seus fãs, os Orelha Negra, garante a promotora, “não se afastam um milímetro da sua proposta inicial de redefinirem a música de raiz hip-hop, tal com deve ser entendida num novo milénio, mas a canção liberta-se, como nunca, das suas amarras.”
O disco tem 13 faixas, que se estendem por uma hora e dois minutos de pura diversidade, e coloca os Orelha Negra como o único grupo de Hip Hop em Portugal que não tem um vocalista. Mas será que precisam?
A questão fica no ar para o nosso leitor responder, sendo que, para argumentar com conhecimento de causa, deixamos aqui o tema mais longo deste álbum, com pouco mais de seis minutos e que é intitulado por ‘Ready (Redenção)’
Para terminar as nossas sugestões musicais, prosseguimos nos intérpretes nacionais e damos de caras com Marco Rodrigues. ‘Copo meio cheio’ é o tema do mais recente disco que junta a nata dos compositores e autores lusos.
Para este que é o quinto disco de originais do fadista, foram convidados artistas pop para duetos e composições, dos quais se destacam Carlão, Diogo Piçarra, Luísa Sobral, Capicua, Agir, Pedro da Silva Martins, Tiago Pais Dias e Marisa Liz (Amor Electro) Boss AC, ou os ÁTOA.
Posto isto fica claro que este não é um álbum de fados, mas, asseguramos nós, também não é Pop, embora tenha de tudo isso um pouco. É seguramente nessa mistura e indefinição que se encontra o encanto do trabalho.
Tudo isso faz olhar o ‘Copo meio cheio’ por uma perspetiva otimista e com muita alma, conforme pode notar no tema que lhe sugerimos e que dá pelo nome de ‘O Tempo’.