Após a nomeação para a Comissão Executiva da FIFA, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol chama a atenção para os “sinais de alerta” que ameaçam o futebol português. Foi num artigo partilhado pelos jornais desportivos e já recebeu apoio do futebolista Ricardo Quaresma.
Fernando Gomes, que é também vice-presidente da UEFA, reconhece que os cargos são uma “oportunidade de Portugal participar na definição de políticas e nas decisões das instâncias do futebol internacional”.
Uma mais-valia, embora reconheça que “há muito para fazer no futebol português”, começando por ter “uma Liga forte” com responsabilidade dos clubes que deverão “encontrar pontes de diálogo naquilo que os une”. “E, de uma vez por todas, deixem de permitir que os seus símbolos, a sua história e a sua força sejam capturados para a apologia do ódio”, acrescenta.
O alto dirigente acusa mesmo que “o clima que se vive no futebol profissional português é inimigo do crescimento e da afirmação da indústria, quer no plano nacional quer internacionalmente”, sendo que “é também um péssimo exemplo para os mais jovens e um fenómeno que contribui para afastar o adepto, dos estádios e mesmo da modalidade”.
Perante a realidade atual, Fernando Gomes lamenta ainda as críticas à arbitragem que, muitas vezes, potenciam o “ódio e a violência”, salientando que “existem sinais de alarme no futebol português”. Nesse sentido e em prol da estabilidade, “o Estado, o Governo, a Assembleia da República, os diferentes responsáveis institucionais devem envolver-se cada vez mais neste objetivo coletivo de combater as ameaças ao futebol, nas suas diversas vertentes (…) Ninguém pode ficar de fora desta responsabilidade”, conclui.
Atento, Quaresma foi um dos primeiros protagonistas do desporto-rei a manifestar, nas redes sociais “total apoio ao Presidente e amigo Fernando Gomes, Paz e união no futebol em Portugal e no resto do mundo”.
