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Quer mudar de vida? Siga estes sete passos

Nunca é tarde para melhorar. Sobretudo se essas transformações nos trouxerem realização pessoal, saúde, paz de espírito e motivos para sorrir e partilhar com os outros.

Prepare-se psicologicamente
Querer é poder, qualquer que seja a meta que nos propomos atingir, mas é na nossa cabeça que o projeto arranca em primeiro lugar.

Mentalize-se de que deseja mudar e comprometa-se com isso, seja a perder peso, a praticar um desporto ou a ser feliz.

Num caderno bonito, trace um plano de ação que não se fique pelas intenções vagas e encontre na agenda espaço e motivação para as novas rotinas: quanto mais repetirmos um comportamento, maiores as probabilidades de este se tornar instintivo.

Levante-se pela manhã e estabeleça um compromisso consigo mesmo: «Hoje, o meu propósito é…» Acima de tudo, seja realista.

Assuma pequenos passos e mude um de cada vez. A falta de crença no sucesso da missão e um planeamento desajustado (com objetivos vagos ou demasiado exigentes) conduzem à autossabotagem.

Durma, pela sua saúde
Passamos um terço da vida a dormir, ajudando a fortalecer o sistema imunitário e a cumprir uma série de outras funções que nos fazem sentir bem ao acordar.

Muitos estudos documentam o declínio de um organismo carente de sono, relacionando-o com cancros, diabetes, hipertensão, obesidade, acidentes, depressão, lapsos de memória, infeções e doenças cardiovasculares e degenerativas, incluindo Alzheimer.

Ainda assim, somos o povo europeu que menos dorme e quase metade dos portugueses sofre de insónia. Coisas simples que pode fazer e resultam melhor do que contar carneiros? Crie uma rotina antes de se deitar.

Não faça sestas nas oito horas que antecedem o sono da noite, nem por períodos de mais de 20 minutos. Evite ver TV na cama e não utilize smartphones e tablets, cuja luz influencia a ação da melatonina (a hormona que controla o sono).

Ajuste a dieta a si
Em época de caber no biquíni, são dezenas as dietas que se anunciam milagrosas. Há a do quivi, do limão, do iogurte. A das proteínas, da banana, do chá verde, todas prometendo emagrecimento rápido, mas impossíveis de seguir por muito tempo.

Diante do peso que regressa em força e dos desequilíbrios decorrentes de défices nutricionais, os especialistas resumem: mais do que contar calorias e privar o organismo das gorduras saudáveis, importa mudar de hábitos alimentares.

Trace um plano alimentar gradual, variado, adaptado aos seus gostos e características (não adianta dizer para comer salmão se a pessoa detesta).

Faça cinco a seis refeições diárias, diminuindo a ingestão calórica ao longo do dia. Reduza as quantidades no prato. Beba 1,5 litros de água.

Se não se consegue organizar para ir ao ginásio, aproveite o fim de semana para caminhar com vigor. E tenha sempre uma peça de fruta e umas bolachas integrais na mala, porque quando se tem fome é muito fácil ir ao café e pedir um croissant.

Elimine a desordem de casa
E do carro, do escritório, do roupeiro, da despensa, da vida em geral.

Tendemos a acumular tralha por acharmos que poderá vir a fazer falta no instante em que nos livrarmos dela, mas já os antigos chineses diziam que a desarrumação é um sinal de energia estagnada – no espaço físico que ocupamos, mas também no corpo, na forma como trabalhamos e nos relacionamos, em novas oportunidades.

Tem a certeza de que vai voltar a abrir aquela pilha de revistas velhas? Fora com ela, há que começar por algum lado. Roupa que não veste há dois anos? Dê a quem precisa. E aquelas tampas que não servem em nenhuma caixa lá de casa? Os sapatos sem uso? Os móveis opressivos? Os pacotes vazios perdidos no carro? Experimente arranjar lugar para o novo e verá como ele se materializa na sua vida.

Sorria mais a cada dia
A neurociência diz que a mente se desenvolve através das relações: apesar de termos alguma dificuldade em sorrir para desconhecidos, é com um sorriso que primeiro nos relacionamos, o que faz dele o principal aliado do afeto – e do sucesso.

As vantagens não têm fim: reforça o sistema imunitário e torna-nos atrativos; facilita a circulação, a recuperação de doenças e o bom funcionamento do aparelho cardiovascular; liberta endorfinas que baixam a pressão arterial e o stress; promove o humor, a memória, a aprendizagem, a ligação aos outros.

Sorrir é uma atitude de bem-estar mental que se repercute no físico, no emocional, na saúde como um todo. O milagre acontece quando conseguimos manter o sorriso independentemente das circunstâncias.

Seja mindful em tudo o que faz
Traduzido para português como atenção plena, o mindfulness refere-se à nossa capacidade de estar no agora, vivendo cada momento da nossa vida com consciência, presença e abertura, sem nos enredarmos em pensamentos sobre o passado ou o futuro.

Foi em 1979 que Jon Kabat-Zinn, professor de Medicina na Universidade de Massachusetts, criou o programa de redução de stress baseado em mindfulness (MBSR), considerado a primeira abordagem sistematizada a ser introduzida no Ocidente.

Quanto mais praticamos – seja a meditar ou trazendo essa qualidade de presença consciente para o acordar, comer, lavar os dentes e todas as outras atividades do dia-a-dia – mais hipótese temos de controlar as emoções negativas que ameaçam arrebatar- nos.

Agir é útil para resolver e fazer coisas, mas mais importante é saber parar de fazer. Só assim podemos apreciar a vida sem que as preocupações nos esmaguem.

Aprecie o seu corpo
Um dos desafios mais difíceis da história da humanidade é conhecer e aceitar quem realmente somos, com todas as pequenas «imperfeições» que fazem de nós seres únicos.

Desfrute da sua própria companhia com uma boa massagem, um banho de sais, um copo de vinho, um retiro na natureza. Vale tudo menos menosprezar-se por não ter a figura de Angelina Jolie ou Brad Pitt, já que não temos de ser iguais a ninguém.

Cuide do seu corpo, construindo nele a intimidade que todos merecemos. Valorize os seus pontos fortes e goste de si pelo que é: alguém especial. Quando até a Angelina tem crises de autoestima, percebemos que a beleza vai estar sempre nos olhos de quem a vê. A começar pelos nossos.