O cantor continua internado no Hospital Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, à espera de um transplante de coração, sendo que já está em primeiro lugar na lista de espera devido à gravidade da sua situação.
Salvador Sobral – que tem uma insuficiência cardíaca em estado avançado (o coração já não tem força para ejetar sangue e fazê-lo circular) – está agora sob vigilância de uma equipa dos melhores profissionais de Cardiologia. Até porque aquela unidade hospitalar é uma das melhores naquela área.
Isso mesmo foi salientado por um cardiologista português em entrevista ao jornal espanhol ‘El Mundo’. Tal como os media portugueses, alguns órgãos de comunicação social do nosso país vizinho estão a acompanhar a situação clínica do vencedor da Eurovisão de forma muito atenta.
“Dos hospitais portugueses, o Hospital Santa Cruz, em termos públicos, e o Hospital da Luz, no privado, são os que contam com melhores cirurgiões e infraestruturas de última geração necessárias para levar a cabo uma operação sofisticada como um transplante de coração”, explicou o médico luso.
“Se Sobral está lá, está em boas mãos”, assegurou, acrescentando que o cantor português “está dependente da lista de pacientes à espera de uma doação de órgãos”.
“É estar, literalmente, à espera que alguém morra e depender do número de pacientes que estão à sua frente na lista”, frisou o especialista, ainda que essa parte da lista já tenha sido alterada pois Salvador já está em primeiro lugar.
Como o cantor, de 27 anos, tem de estar preparado para receber um coração a qualquer momento, continua assim internado. O órgão tem de ser compatível geneticamente, como igual tipo sanguíneo e peso e altura idênticos. O dador terá assim de ser jovem (com menos de 35 anos) e tem de estar em morte cerebral.
“Ele tem de estar preparado para receber o coração, que será muito provavelmente de um jovem que tenha morrido num acidente”, explicou Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, em entrevista ao ‘CM’.
Caso o transplante seja bem sucedido, Salvador Sobral ganha qualidade de vida, ainda que precise de manter os cuidados necessários, “como fazer uma terapêutica adequada”.