“Até já” desejou o vencedor do Festival da Eurovisão da Canção no derradeiro espetáculo antes de fazer uma pausa, por tempo indeterminado, para tratar da saúde. O coração tira-lhe as forças e é hora de Salvador Sobral se tratar, sendo certo que não está sozinho nesta batalha.
Salvador está condicionado por uma insuficiência cardíaca, uma doença que afeta cerca 380 mil portugueses sem que o país esteja preparado para a contornar. Há falta de meios para o diagnóstico precoce e, no início do ano, foi mesmo criado um documento de consenso em prol da melhoria do tratamento.
Mas o problema não se limita às fronteiras lusas. No final do ano passado, George Michael faleceu vítima de insuficiência cardíaca que também vitimou Nathalie Cole no início do mesmo ano.
E, por as enfermidades cardiovasculares matarem tanta gente por ano nos Estados Unidos, muitos famosas associaram-se ao movimento da Associação “Heart Truth” na última edição da Semana de Moda de Nova Iorque.
Designers de todo o mundo doaram vestidos vermelhos para o desfile e celebridades como Katie Holmes, Bonnie Somerville, Bridget Moynahan ou Juliette Lewis desfilaram e partilharam as histórias que as motivaram.
Embora com patologia diferente no aparelho cardiovascular, Miley Cyrus, que parece estar sempre em alta, tem uma batida cardíaca mais rápida do que o normal, fruto de um diagnostico de taquicardia, devendo por isso controlar as atividades que realiza.
Vencedora de um Grammy, Toni Braxton também padece do coração. A cantora sofre de uma pericardite, uma inflamação do tecido do pericárdio causada por um vírus, o que a obriga a tomar medicação para controlar a tensão arterial, a fazer exercício físico e a comer saudavelmente.
E outros nomes não faltam numa lista que não olha a mediatismos ou estatutos. Aliás, esse lado foi coisa a que Salvador Sobral demorou a habituar-se, mas no último concerto, na passada sexta-feira, antes de “entregar o corpo à ciência, assumiu já ter abraçado “a vida de famoso”, faltando só um novo coração para a gozar em pleno.