A série “House of Cards” chegará ao fim na sexta temporada, cuja estreia está prevista para o próximo ano. A produtora Netlix decidiu cancelar o projeto no dia em que seu protagonista, Kevin Spacey, foi acusado de assédio sexual pelo ator Anthony Rapp.
O caso aconteceu há 31 anos, mas só agora Rapp, que na altura tinha 14 anos, o relatou, encorajado pelo despoletar das acusações ao produtor Harvey Weinstein que parecem não ter fim.
O ator de “Star Treck”, atualmente com 46 anos, recorda que Spacey, então com 26 anos, convidou-o para uma festa no apartamento dele e, embriagado, o colocou sobre a sua cama, pondo-se em cima dele.
Kevin Spacey diz não se recordar, mas lamenta que o colega tenha sofrido todos estes anos, aproveitando agora para assumir a sua homossexualidade, estando a ser criticado por celebridades, ativistas LGBT e fãs nas redes sociais.
A maioria acusa-o de usar a sua sexualidade como “cortina de fumaça” para desviar as atenções das alegações de assédio sexual. “Ele não tem passe livre (para o assédio) simplesmente porque é gay”, atirou Josh Rivers, editor da revista britânica Gay Times, acrescentando que “um suposto comportamento predatório é condenável não importa a sexualidade da pessoa.”
Em comunicado à revista americana TV Line, responsáveis da Netflix reconheceram estar “muito preocupados” com as últimas notícias, embora garantam que a decisão de cancelar “House of Cards” tenha sido tomada antes.
