Tranquila, embora com o cansaço dos quilómetros percorridos latente no sorriso, a atriz mostrou toda a garra de viver a encerrar mais uma edição do Portugal Fashion. No Porto, Sofia Ribeiro desfilou para Ana Sousa, uma marca da qual já foi “imagem dois anos seguidos”.
Chegou a horas para pisar a passerelle, depois de ter gravado mais cenas da novela da TVI ” Herdeira” e marcar presença num evento na Figueira da Foz. Foi “a correr”, mas não se queixou.
Sofia também ensaia a todo o gás o musical “Pocahontas”, cuja estreia está marcada para 6 de novembro, e que “está a correr bem”. As letras estão quase decoradas – sim, ela vai cantar! – e “os nervos já começam a fervilhar, mas ainda bem que assim é”, confidenciou, com o entusiasmo impresso no brilho do olhar.
Apesar dos mil e um compromissos, “há sempre tempo para mim, para as pessoas que eu amo, há sempre tempo quando nós fazemos aquilo que gostamos. Obviamente que o tempo está mais apertado, o dia tem 24 horas e não estica. Quando tenho trabalho é mais difícil a ginástica, mas ainda bem que assim é e, nesta altura, ainda mais. Haja trabalho, coisas que nos façam feliz e nos deixem distrair”, afirmou.
Ainda a superar o luto pela morte do pai que faleceu no início de outubro, dois dias depois de ter celebrado o 33.° aniversário, Sofia Ribeiro não escondeu estar um tanto ou quanto abatida, agarrando-se aos amigos que foi reencontrando como âncora de conforto. Aliás, a atriz tem assinalado o seu pesar nas redes sociais todas as quartas-feiras deste mês, já que foi nesse dia da semana que Jorge Barros se despediu da vida. Hoje, partilhou:
Sem se deixar fintar pelas dificuldades, provou ser uma profissional de mão cheia quando pisou a passerelle. Segura, assumiu que se sente “uma pessoa mais bonita”, não só exterior como interiormente, e “isso depois transparece”: “Acho que isso tem a ver com sentir-me mais em paz com a minha vida, com as pessoas”.
Na televisão, Sofia Ribeiro interpreta agora a cigana Soraia, uma mulher amargurada com a vida, principalmente por não conseguir ter filhos. E interpretou uma cena em que a personagem sofreu um aborto. Um momento que “foi muito duro pelas razões óbvias: porque eu sou mulher acima de tudo e porque quero muito ser mãe. É assustador e não quero imaginar o que uma mulher sofre nessas circunstâncias. Uma mulher que quer muito ser mãe e não consegue, que é o caso dela, já perdeu várias crianças, deve ser uma dor, uma angustia, uma revolta tamanha. E, ainda que na ficção, é doloroso, viver isso, mas esse é o maior desafio, nós conseguirmos transmitir emoções”, recordou.
Entregue ao guião, reúne os elogios do público que encontra na rua e que lhe dizem “as melhores coisas”: “Tem sido maravilhoso, acima de tudo pelas várias mulheres e homens de etnia cigana que me vêm dar os parabéns e dizer que veem em mim uma cigana. Isso deixa-me orgulhosa, é sinal que estou a conseguir atingir o meu objetivo, ou seja, não fazer boneco nenhum, nem caricatura, mas algo com que as pessoas se identificassem e se revejam no meu trabalho, isso deixa-me muito feliz e agradecida”.
Para os próximos capítulos promete outras emoções, estando reservadas algumas alegrias a Soraia na ficção, enquanto a vida real segue com a garra com que venceu o cancro de mama e antes se afirmou na representação nacional.