Aos 44 anos, a apresentadora tinha quase tudo para ser feliz e realizada a vários níveis e escrevemos quase, por os últimos anos, após a separação e consequente divórcio de Manuel Maria Carrilho, a terem envolvido nas mais diversas polémicas.
Vítima de violência doméstica, na sua forma física e psicóloga, Bárbara Guimarães foi acusada pelo ex-marido de não ser boa mãe, muito à custa dos problemas com o álcool que o antigo ministro da Cultura lhe apontou.
A comunicadora de sorriso aberto deixou-se arrastar pelas agruras da vida e, entre batalhas judiciais e lavar de roupa suja na imprensa, acabou por dar razão a Carrilho quando, na madrugada do dia 9 de outubro, abalroou vários carros no parque de estacionamento de um hotel em Alcácer do Sal, no Alentejo.
Bárbara Guimarães já negou que estivesse sobre efeito de drogas como uma revista avançou, mas não refutou o facto de terem vindo a público, após o acidente, acusações de que estaria com uma taxa de alcoolemia ligeiramente superior a 2,8 gramas de álcool por litro de sangue, arriscando uma pena de prisão até um ano ou multa até 120 dias, para além da inibição de condução entre três meses a três anos.
Na sequência dessas notícias, Manuel Maria aproveitou para interpor uma providência cautelar a pedir, com “caráter de urgência”, a tutela parental da filha Carlota, de sete anos, até agora à guarda da mãe.
O filho mais velho do casal, Dinis Maria, de 14 anos, vive por vontade própria com o pai desde março de 2016. No Instagram, o adolescente nunca pôs nada alusivo à família, embora demonstre nas frases que acompanham as fotos que partilha, alguma revolta.
Bárbara Guimarães segue o primogénito na rede social, reage às imagens, mostrando que, apesar do que os tem separado, continua presente na vida do jovem que até a acompanha, às vezes, nos fins de semana ao Alentejo.
A estrela da SIC, agora mais apagada, lidou com o próprio divórcio dos pais ainda muito nova, mudando-se com a mãe, Isabel Amorim dos Santos, para Lisboa, deixando para trás os amigos, a escola e o pai, o escultor João Antero, em São João da Madeira.
À Cidade do Trabalho, onde viveu dos 4 meses até aos 8 anos – depois de vir de Angola onde nasceu, até à primeira rutura familiar – regressa para rever velhas amizades e, acima de tudo, para voltar ao colo da avó materna, Maria de Lurdes Amorim, com quem vai ao mercado municipal e passeia de forma anónima, embora seja difícil não ser reconhecida.
Extrovertida e determinada, por volta dos 20 anos, Bárbara deixou o curso de Relações Internacionais para seguir a vontade de ser jornalista. Fez formação no CENJOR, sendo na informação da TVI, ao lado de Artur Albarran, que se estreou.
Ainda no quarto canal, mostrou talento na apresentação de magazines culturais, uma das áreas que sempre a cativou e a levou a privar com Manuel Maria Carrilho quando ainda estava casada com Pedro Miguel Ramos e o que viria a ser o seu segundo marido detinha o ministério da Cultura.
Acabou por se transferir para a SIC, brilhando na condução dos concursos “Chuva de Estrelas” e “Furor”, sempre com um alto estatuto na estação de Carnaxide até os escândalos estourarem e a afetarem pessoal e profissionalmente.
As últimas semanas foram para ela o “bater no fundo”, tendo reconhecido e pedido “acompanhamento e tratamento terapêutico”, mostrando assim que deseja recuperar a estabilidade que há muito lhe parece escapar.
Fotos: Move Noticias (arquivo) e redes sociais