No mesmo dia em que decorre o velório do ator, na Basílica da Estrela, em Lisboa, o filho de João Ricardo recebeu um pouco de conforto fora do seio familiar.
Rodrigo, de 12 anos, era, como se sabe, a grande paixão da vida do artista.
“Quando morre um artista ficamos todos um pouco órfãos, vazios de alguém que fez parte das nossas vidas, uma perda sempre irreparável”, começou por escrever Júlio Isidro no Facebook, num texto intitulado de ‘Solidão de pai’.
“O ator talentoso, vigoroso, lutador, companheiro leal num meio de tanta falsidade, partiu.
Colegas e admiradores choram a sua saída de cena e eu com eles. E o miúdo, a luz dos olhos do pai que venceu tudo na vida, menos a morte?”, questionou, acrescentando que não conhece Rodrigo e mal conhecia João Ricardo.
“Não haverá menino a fazer pantomima na rua a receber moedas pretas ou um circo para começo do sonho de ser ator. Rapaz, recordo as palavras de Mia Couto que com a sua sensível sabedoria das coisas da vida, um dia escreveu:- A mãe é eterna…o pai é imortal!”, dedicou o apresentador da RTP.
Também na RTP, Filomena Cautela – que tinha prometido uma homenagem especial ao ator – terminou o ‘5 Para a Meia-Noite’ dedicando o programa a João Ricardo e a dizer o quão difícil lhe foi trabalhar pouco depois da perda.
O corpo do ator, que não sobreviveu a um cancro, vai estar em câmara ardente até amanhã, sábado, dia em que será feita a missa e o funeral.
