Um estudo recente mostrou que ficar doente depois de mexer no telemóvel pode ser mais comum do que imaginamos.
Realizada pela Devry Metrocamp, em Campinas (São Paulo, Brasil), a pesquisa identificou mais de 23 mil fungos e bactérias em telemóveis, responsáveis por diversos tipos de infeções de pele e problemas respiratórios. Tablets, capas de proteção, teclados e ratos de computador também foram analisados.
Entre as 74 amostras estudadas pela aluna do curso de Biomedicina Claudia Tonetti e pela professora Rosana Siqueira, também foram encontrados bolores, leveduras e coliformes fecais, contudo, o micro-organismo mais predominante no telemóvel foi a bactéria Staphylococcus aureus, presente em 43% dos objetos.
“Ela pode causar conjuntivite, furúnculos, infeções de urina, intoxicação alimentar (diarreia, disenteria, dores abdominais, febre, vómitos, náuseas) e otite”, afirmou Rosana.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), algumas infecções por S. aureus são agudas e podem causar doenças mais graves, como pneumonia, osteomielite e meningite.
De acordo com Rosana, o grande problema está na falsa sensação de segurança ao utilizar capas protetoras. “A falta de higienização das mãos dos usuários e o costume de emprestar para outras pessoas aumentam o risco de contaminação, principalmente entre crianças, que colocam o telemóvel na boca com frequência.”
A especialista em biomedicina afirmou que pessoas com sistema imunológico baixo têm mais hipóteses de desenvolverem doenças por causa do telemóvel. “Se você não higieniza suas mãos ou aparelhos, as chances de pegar alguma coisa são altas”.
A melhor forma de prevenção é uma simples mudança de hábito: lavar as mãos antes das refeições e após ir à casa-de-banho e, pelo menos duas vezes por semana, limpar os objetos com álcool, mantendo-os em local seco e arejado.