A Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR) organiza a iniciativa “Respirar Ponto – Viver em Plenos Pulmões”, que decorre entre os dias 3 e 29 de novembro.
Em Portugal a doença respiratória continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade, com tendência para o aumento da sua prevalência.
Segundo o Observatório Nacional de Doenças Respiratórias de 2016, morrem por dia 47 portugueses por doenças do foro respiratório.
Em 2014, foram internados 69.384 doentes por doenças do foro respiratório (Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), Pneumonia, Fibroses, Tumores, Bronquiectasias, Patologia Pleural, Tuberculose e Gripe), correspondendo a 12,1% do total de internamentos da área médica.
Apenas 1% dos doentes com DPOC têm acesso a tratamentos de reabilitação respiratória – apesar da clara aposta por parte do Governo que inclusivamente publicou um Despacho onde dizia que até ao final de 2017 os ACES deveriam assegurar este tratamento.
Para além da importância da educação das doenças respiratórias e suas causas, assegurar que estes doentes tenham acesso aos melhores cuidados de saúde e que estes não lhe sejam restringidos é um dos objetivos da Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR) que, neste âmbito, organiza a iniciativa “Respirar Ponto – Viver em Plenos Pulmões”.
Este conta com diversas iniciativas, desde rastreios respiratórios gratuitos à população, a um ciclo de conferências, a ações culturais e conta ainda com a exposição dos trabalhos realizados pela ANTDR, para celebrar o 28º aniversário da Associação.
Todas as atividades são de livre acesso e estão dirigidas para a sociedade civil, bem como para a comunidade estudantil, que irá participar no evento por via de visitas escolares organizadas.
Serão abordados temas como: “As alergias andam no ar”, onde se irão destacar as formas como todos podem ajudar no controlo da epidemia alérgico; “Respirar e as Cidades”, em que se pretende refletir sobre a importância da qualidade do ar que se respira nas cidades, perceber quais as estratégias desenvolvidas para garantir a qualidade atmosférica nas cidades, que tipo de soluções inovadoras são implementadas para aumentar a sustentabilidade e qualidade de vida dos cidadãos; e “O Respirar melhor a pintar”, onde se irá salientar a importância da função respiratória (o respirar bem) em todas as atividades da vida diária, mesmo as de menor esforço física, a importância da prevenção, do tratamento e da reabilitação da patologia e abordando também a atividade artística como contributo para o bem estar não só psíquico como também físico da pessoa na sua plenitude como ser humano que é.
Serão ainda incluídos no programa cultural intervenções na área da dança, música e pintura.