É 16 anos mais velha que a namorada do príncipe Harry e já a chamou de “alpinista social”, além de outras acusações. Samantha Markle, de 52 anos, parece estar agora arrependida do que disse e deu uma entrevista ao ‘Daily Mail’ para mostrar isso mesmo.
A conversa girou em torno da relação de Samantha com a meia-irmã Meghan Markle – são filhas do mesmo pai, Thomas Markle Sr. – e da família de ambas, onde havia muito racismo.
Samantha Markle soube do namoro da irmã com o príncipe Harry pelas revistas. Ou melhor, por uma amiga que leu isso numa revista.
“Ela disse: ‘Estás sentada? Sabias que a tua irmã namora o príncipe Harry?'”, lembrou Samantha. “A minha amiga obviamente pensou que eu ficaria chocada”, disse, referindo-se à relação tensa que mantém com Meghan.
E muito por causa de tensões raciais e problemas financeiros. Tanto que as irmãs quase não se vêem há quase dez anos.
E a mais velha, escritora e conselheira de saúde mental, que vive na Flórida, EUA, está a tentar ‘resolver’ isso. Como? Recordando episódios simpáticos da infância da atriz.
Samantha diz que ajudou a educar a irmã que, diz, “conseguia sempre iluminar uma divisão”. Também a ensinou a andar e falar e a pequena adorava-a ao ponto de andar sempre ao seu colo, segurando-se na anca da mais velha.
“Ela costumava chamar-me Daff Duck porque eu fazia barulhos à Daffy Duck (Pato Daffy) para a fazer rir. Chamava-me isso até aos seus 12 anos, depois chamava-me de ‘Babe’ [bebé].”
O último encontro de ambas foi em 2008, ano em que Samantha se graduou na universidade. Meghan já era uma atriz bem sucedida e fez questão de estar presente nesse dia.
Mas as duas não devem estar juntas no provável casamento da intérprete de ‘Suits’ com o neto da Rainha Isabel II.
“Estou numa cadeira de rodas [Samantha tem esclerose múltipla, diagnosticada em 2008]. Não sei se é tão fácil viajar. Mas se eu fosse convidada, encontraria uma maneira, por amor e respeito “, diz ela. “Eu nunca seria desrespeitosa nem nunca a iria fazer sentir que não estava a partilhar a sua alegria. Eu ficaria honrada de ir – mas isso resume-se à Meghan e ao seu coração. Será o que será”.
Quanto ao racismo na família, às idas ao tribunal, à falência, Samantha rejeita o título de “disfuncional”. “Acho que não somos mais disfuncionais que as outras famílias. Cada família tem os seus problemas e desafios e tu tens de saber lidar com eles. Com todo o respeito, os elementos da família real também têm os seus próprios problemas. Eles não têm vidas perfeitas também”.
No entanto, o que é facto é que a norte-americana, filha do técnico de iluminação de Hollywood e da sua primeira mulher Roslyn [que hoje também está de relações cortadas com a filha], escreveu um livro sobre Meghan.
Para começar o título não é simpático: ‘The Diary Of Princess Pushy’s Sister’ (‘O Diário da Irmã da Princesa Ambiciosa’). “O título foi a gozar com os media. Não fui que lhe chamei isso, mas sim os jornais de tablóides. Ela não é ambiciosa. O livro não é negativo – é um livro acolhedor, espirituoso e de honra – infelizmente, teve um eco negativo em todo o mundo.”
E quanto ao assunto do livro, é sobre Samantha, a infância de Meghan e a “evolução interracial dos Estados Unidos”. É que na família Markle foram poucos os que ficaram contentes quando Thomas se envolveu com Doria Ragland, que é negra, e quando Meghan nasceu. Os insultos racistas fizeram-se ouvir por parte dos membros mais velhos do clã, especificou Samantha.
A amada de Harry só não gostava de uma coisa na sua imagem: o cabelo. “Era mais grosso, mais crespo do que ela gostava. Ela costumava dizer-me que a incomodava. Ela queria cabelo como as outras raparigas. Ela lutou muito com isso. Mas Meghan nunca teve que se parecer com as outras garotas – ela sempre era tão bonita.”
A entrevista não acabou sem antes a jornalista lhe perguntar se sempre falou de forma pouco respeitosa ao futuro ‘cunhado’. Isto porque terá dito que Meghan “tinha um fraco por ruivos”, referindo-se ao ex-marido da atriz que também tinha cabelo avermelhado. Mas Samantha negou.
“Talvez eu tenha dito que nosso pai tem cabelos castanhos, então talvez seja esse o tipo, mas não fui desrespeitosa”.