Ann-Laure Decadt, de 31 anos, e Ariel Erlij, Hernán Mendoza, Diego Angelini, Alejandro Pagnucco e Hernán Ferruchi seguiam de bicicleta quando foram atropelados por um camião, num ataque já descrito pelas autoridades norte-americanas como terrorista.
O ataque ocorreu esta terça-feira à tarde em Nova Iorque e agora começam a conhecer-se a identidade e a história das vítimas mortais.
Tudo aconteceu na West Side Highway no bairro de Tribeca, em Manhattan, pouco depois das 15h00 (hora local).
A belga Ann-Laure Decadt andava de bicicleta. Estava em visita a Nova Iorque com a mãe e duas irmãs e foi atropelada quando estava de costas para o camião.
Ainda foi levada para o New York Presbyterian Hospital, onde foi declarada morta. Era casada, tinha dois filhos pequenos e vivia na localidade de Roeselare na Flandres Ocidental.
“Ela era uma esposa maravilhosa e a mãe mais linda dos nossos filhos de dois meses e três anos. A perda é insuportável e não pode ser superada”, disse o marido, Alexander Naessens, ao jornal belga ‘HLN’.
A mãe e as irmãs de Ann-Laure não ficaram feridas, mas outros três turistas belgas sim, conforme confirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros belga Didier Reynders.
Outros cinco homens argentinos, que estavam nas suas citibikes, também foram mortos. Estamos a falar de Ariel Erlij, Hernán Mendoza, Diego Angelini, Alejandro Pagnucco e Hernán Ferruchi.
O governo argentino confirmou terça-feira à noite que a maioria do grupo – todo da classe de 1987 – tinha voado para Nova Iorque para um encontro de antigos alunos.
Erlij, que administra a siderurgia Ivanar, na Argentina, pagou do seu próprio bolso para assegurar que dois dos membros do grupo pudessem estar lá, informaram notícias locais.
Um sexto homem do grupo dos argentinos, Martin Ludovico Marro (que não está nesta foto de grupo partilhada no Twitter), também foi hospitalizado no incidente, que matou um total de oito pessoas e feriu pelo menos 13.
Natural da Argentina, mas a viver em Connecticut, Marro encontra-se fora de perigo. É cientista do Novartis Institutes em Cambridge.
Todos eles se formaram numa faculdade politécnica na cidade argentina de Rosario e estiveram na cidade vários dias quando o incidente ocorreu, de acordo com o jornal argentino ‘La Nacion’.
Eles estavam perto da Escola Secundária Stuyvesant – no final do percurso do condutor assassino – quando foram atropelados, disse Mateo Estrémé, cônsul geral da Argentina às Nações Unidas, ao ‘The New York Post’.
Na sequência do ataque, o presidente argentino, Mauricio Macri, tweetou: “Profundamente movido pelas trágicas mortes esta tarde em NY. Colocamo-nos à disposição das famílias das vítimas argentinas”.
O autor do ataque, Sayfullo Saipov, de 29 anos, conduziu por 17 quarteirões pela West Side Highway antes de parar. Foi alvejado no estômago pela polícia e continua no hospital, sob supervisão policial.
Segundo a imprensa, terá alugado o camião da Home Depot para poder perpretar o ataque, supostamente de ligação ao Estado Islâmico.
Os nomes das outras duas pessoas que morreram ainda não foram divulgados. Há 13 feridos ainda hospitalizados.
Fotos: Redes Sociais
