A morte do guitarrista e fundador dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, está a abalar fãs e colegas do músico. Após a notícia da sua morte começaram de imediato as reações dos seus seguidores e amigos.
Os Xutos & Pontapés já se manifestaram, através das redes sociais, e anunciaram quando será o velório.
“Queridos Amigos, o nosso Zé Pedro deixou-nos hoje. Foi em paz. As cerimónias fúnebres serão sábado ao princípio da tarde”, escreveram, publicando uma imagem do colega num concerto.
António Manuel Ribeiro, vocalista dos UHF, falou à RTP3 sobre Zé Pedro. Nitidamente em choque, até porque tinham passado poucos minutos depois de ser conhecida a notícia, o músico lembrou os momentos que passaram juntos enquanto artistas e amigos e falou ainda da forma calma como Zé Pedro sempre agiu durante a sua vida.
“O Zé Pedro sempre foi tranquilo. Sempre teve calma perante todas as situações. Nunca vi o Zé chateado. Tinha uma forma pacífica de ver a vida”, contou ao telefone.
Também Henrique Amaro, que foi diretor da Antena 3, teve um programa com Zé Pedro, a ‘Música Avariada’, relembrou os momentos que passou com o músico.
“O programa aproximou-nos e ficamos amigos. Eu era fã dele. E o Zé Pedro desmarcara isso. É possível ser fã e amigo de um ídolo. Uma coisa que marca todos os elementos dos Xutos & Pontapés é uma inexistência entre a plateia e o palco. E o Zé Pedro foi exemplar a quebrar esses muros”.
Luís Varatojo, vocalista e guitarrista da banda Despe & Siga lembra Zé Pedro como uma pessoa “fora do comum”.
“Nós tivemos uma grande proximidade. Chegamos a atuar no mesmo sítio. Depois o Zé abriu um bar e nós tocávamos lá várias vezes e convivi muito com ele. Tinha uma relação muito próxima com ele. A música portuguesa perdeu uma grande referência. O Zé Pedro era uma pessoa fora do comum, ele apoiava as novas gerações de músicos”, afirmou, igualmente à RTP3.
O apresentador Júlio Isidro salientou: “Somos muito amigos. Ele assumia claramente o passado mas tinha a convicção que tinha uma vida nova para viver. E esta nova forma de vida, penso que não lhe tirou o ar de rocker”.
Os Resistência também deixaram a sua homenagem.
“Até Sempre, Zé Pedro”, começam por escrever, acrescento parte da letra da música “Homem do Leme”, composta por aquele e que faz parte do repertório do grupo.
“E mais que uma onda, mais que uma maré, tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé mas, vogado à vontade, rompendo a saudade vai quem já nada tema, vai o homem do leme”.
O legado de Zé Pedro é enorme e transversal a qualquer estilo. Que o diga Romana, que se despediu com um “Até sempre Sr Rock”.
Já David Fonseca confessou: “Era difícil não sorrir com ele por perto, tal era a alegria contagiante que transportava sempre consigo. Uma das pessoas mais bonitas e carismáticas do mundo da música, do mundo todo. Um grande abraço a toda a sua família e amigos. Zé Pedro, até sempre.”
Fotos: Redes Sociais
