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Famosos e anónimos enfurecidos com instituição de solidariedade social

Uma reportagem da TVI está a dar que falar. Em causa está a gestão da Associação Raríssimas, uma instituição de solidariedade social que recebeu mais de 1,5 milhões de euros, dos quais metade são subsídios estatais, e que pode ter recorrido aos fundos da associação para pagar mensalmente milhares de euros em despesas pessoais.

Após a investigação feita pela jornalista Ana Leal, centenas de documentos põem em causa a gestão da presidente da associação, Paula Brito e Costa, que recebia um salário base de 3 mil euros mensais, ao qual acresciam 1300 em ajudas de custo, 816,67 euros de um plano poupança-reforma e ainda 1500 euros em deslocações. A esta quantia, junta-se também o aluguer de um carro de luxo com o valor mensal de 921,59 euros e compras pessoais com o cartão de crédito da associação. Na reportagem, é publicada uma fatura de um vestido de 228 euros; outra que dá conta de 821,92 em compras; e ainda uma terceira que demonstra uma despesa de 364 euros no supermercado, entre os quais 230 dizem respeito a gambas.

A reportagem também conta como o marido e o filho de Paula Brito Costa alegadamente ganhavam dinheiro com a instituição. O marido, que era encarregado de armazém, recebia 1300 euros de salário base mais 400 euros de subsídio e ainda 1500 euros em deslocações em viatura própria. O filho, um estudante que a mãe apelidava de “herdeiro da parada” e seu sucessor na presidência, ganhava 1000 euros de salário base e ainda 200 euros de subsídio de coordenação.

Uma situação que obteve de imediato reações de anónimos e famosos que se mostraram completamente indignados com o sucedido.

O apresentador Manuel Luís Goucha foi de poucas palavras mas claro quando se manifestou sobre este caso, na sua página oficial de Facebook. “Pulha (s)”, escreveu.

Tânia Ribas de Oliveira também não ficou indiferente e afirmou estar “enojada com a gestão vergonhosa da Raríssimas, na pessoa da Paula Costa”, acrescentando que “Nós não somos todos iguais. Entre outras diferenças igualmente importantes, uns são ladrões. Outros não”.

Maria Vieira também confessou estar “abismada” com o que tinha visto, fazendo ainda referência ao Partido Socialista e criticando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o Primeiro-Ministro, António Costa.

“E saber que tem tanta gente deste maldito governo socialista envolvida nesta fraude deixa-me triste, deixa-me revoltada e deixa-me à espera da reaçcão do Presidente da República (que por norma não se pronuncia sobre nada realmente importante para o país e se limita ao populismo abjecto que rege o seu mandato, dizendo coisas sobre coisa nenhuma) e sobretudo do Primeiro-ministro que dá emprego e abriga colaboradores ao mais alto nível que vivem sacando dinheiro ao Estado que ele próprio chefia”, lê-se.

A Associação já se defendeu na sua página oficial de Facebook, após a divulgação da peça, dizendo que todas as acusações apresentadas nesta reportagem “são insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada”, e que os “valores foram artificialmente inflacionados”.

Contudo, apesar destas e outras justificações, os internautas mostraram-se revoltados.

“Era ir todos presos, mas infelizmente só se roubar uma galinha ou um chocolate e que vái a tribunal”, lê-se num comentário.

“Caros sócios, famílias, etc…. a Direcção desta Associação tem de ser demitida!!! isso é ponto acente…outra é que a Paula Brito tem de ser PRESA! outra é que já ninguém aguenta esta gente que ainda vem tentar desmentir o óbvio e tentar CENSURAR as PROVAS que há contra eles…meus caros..só se enterram mais…desta não se vão safar!!!!”, escreveu outro seguidor.

Fotos: Facebook Associação Raríssimas