“Se já era casamenteira, agora sou muitíssimo mais”. A declaração pertence à apresentadora que, nos últimos tempos, invade bodas alheias por todo o país para surpreender os noivos com a oferta da lua de mel.
Isto a pretexto da rubrica “A Casamenteira” que começou por ser online e, presentemente, integra o “Você na TV” na TVI, numa altura em que se prepara a sétima edição da “Casa dos Segredos” sem a comunicadora como mestre de cerimónias.
Desta vez, o protagonista será Manuel Luís Goucha que, mal foi anunciado rejeitou comparações, desejando que a amizade com Teresa “não fique beliscada”, pois foram muitos anos e histórias que conduziu.
Aos 62 anos, com um novo livro, “Cheguei onde me esperavam”, nas bancas, é em “Casamenteira” que Teresa Guilherme se foca, reconhecendo que “é muito divertido entrar nos casamentos, sem os noivos saberem, apesar de se terem inscrito”.
Após o anúncio de Goucha para mais uma “Casa dos Segredos”, muitos foram os que, através das redes sociais, demostraram saudades antecipadas da anterior anfitriã que, no seu estilo peculiar, criou laços com concorrentes, riu, chorou e deixou uma marca indelével. E, recentemente, esteve na condução de “Biggest Deal”, também na estação de Queluz de Baixo, cujo fiasco não foi da sua responsabilidade.
Na vida, Teresa deixou-se levar por acasos, muitos deles cruciais no seu percurso profissional, reconhecendo que alguns “provocam mudanças radicais”. E, nesse campo, recorda como se lançou: “Comecei a carreira de apresentadora aos 35 anos, porque antes era produtora. Na altura, escrevi um magazine feminino – que acabou por ser o ‘Eterno Feminino’- para outros apresentarem, mas levei uma nega na RTP1 onde disseram que não havia espaço para o formato. Fiquei muito indignada, entrei no elevador da RTP e encontrei o diretor do canal 2 a quem contei a história. Mais tarde, fomos almoçar e ele disse que a ideia era boa, mas para ser diário, em direto e apresentado por mim. Aceitei, mas mal me caiu a ficha, fui para a casa de banho vomitar”.
Os anos passaram e a ansiedade, a existir, nunca se fez notar. Muito dona do seu nariz, sempre marcou o seu espaço, separando a vida pública da privada com mestria, dando pouca margem a intromissões indesejadas.
Numa altura em que muitos pensarão na hora de pedir a reforma, Teresa Guilherme não tem isso em mente, preferindo trabalhar nas ideias que surgem como se a idade fosse só um pormenor. Até porque “tenho que esperar até aos 67 anos, depois dos milhões que já descontei, para ver se tenho direito a reforma. Mas nunca planeei a retirada, como também não planeei ser apresentadora”, referiu já em entrevistas, pronta para se manter no ativo até lhe apetecer.