De mãos dadas, as duas seguiram o carro fúnebres com o peso da dor pela perda de Zé Pedro, mas também com orgulho por fazerem parte da sua rica existência.
Helena assinou, em 2007, a biografia do músico “Não sou o único”, e também sabia bem o que o unia à relações públicas portuense com quem se casou em 2013, após quatro anos de namoro.
“O Zé Pedro seguiu viagem. Ele gostava de viajar e achava que Portugal inteiro era a sua casa e que todos os portugueses eram da nossa família. (…) Apaixonou-se loucamente pela mulher da sua vida e não se cansava de bradar bem alto a sua paixão. A Cristina, sempre discreta, olhava-o sorrindo”, escreveu logo após a sua morte nas redes sociais.
E, mantendo a discrição, a viúva, apoiada pela cunhada e também pelo filho, Vasco Araújo, juntou-se ao povo na hora de cantar o tema “Homem do Leme”, levantou um ramo de rosas como que agradecendo a homenagem de todos os que se juntaram na despedida ao ídolo e mostrou que, se dela depender, a sua memória será mesmo “Para Sempre”.
No pulso direito, tal como Zé Pedro, Cristina tinha amarrado um lenço vermelho, talvez aquele que tantas vezes a acompanhou aos concertos dos Xutos ainda longe de imaginar que iria casar com um deles e cujo sentimento nem a morte separou, nem irá separar.
Fotos: César Lomba