Provavelmente, nalgum momento da sua vida, sentiu que a autoestima baixa prejudicou a sua carreira ou vida pessoal. A questão é que normalmente não tentamos resolver isso aceitando nossos defeitos, mas estabelecendo um diálogo interno negativo.
E o mais comum deles, especialmente entre mulheres, é sobre o corpo. Há várias intervenções sobre autoaceitação a ser estudadas, até porque, segundo pesquisadores americanos, há 35 anos os padrões de beleza divulgados amplamente pelos media são inatingíveis para a maior parte da população, o que acaba por afetar as esferas sentimental, de saúde e profissional de muitos.
Alguns desses métodos estão a ser adaptados pela cientista Pamela Keel, da Universidade do Estado da Califórnia, que dedicou toda a sua carreira académica ao tema. E o mais recente deles veio de um programa chamado “The Body Project”, criado originalmente para ajudar mulheres com transtornos alimentares e problemas de autoimagem.
Se a sua autoestima anda a sabotar a sua vida, talvez possa tentar a técnica que foi recentemente divulgada por Pamela Keel, com resultados animadores (o conteúdo foi originalmente publicado no site ‘ScienceDaily’, em dezembro passado).
O exercício chamado “Exposição ao Espelho” funciona assim: com pouca ou nenhuma roupa, você fica em pé diante de um espelho grande e procura encontrar algo de bom no seu corpo.
Uma abordagem é procurar uma característica no seu corpo de que goste, a textura da sua pele, o formato do seu pescoço, o contorno da cintura… Pode ser ainda a apreciação da função que aquela parte executa na sua vida. Suas pernas levam você a lugares interessantes, suas mãos fazem desenhos lindos e assim por diante. Basta procurar algo que lhe pareça verdadeiro e positivo.
“A ideia”, diz a pesquisadora, “é passar um tempo a focar em algo no seu corpo de que gosta”, o contrário do que tendemos a fazer diante do espelho.
Segundo ela, isso é baseado na ideia de dissonância cognitiva, a atitude de encontrar o oposto do que sente para eventualmente tornar aquilo verdade para você.
Pelo menos nas pesquisas comandadas por ela funcionou. Os participantes relataram desenvolver melhor relação com seu corpo, passaram a cuidar-se mais, disseram ter reduzido o diálogo interno negativo e melhoraram até o humor.
Melhoras relevantes com o simples ato de passar alguns minutos com uma atitude positiva em frente ao espelho todos os dias.
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