Começamos as nossas sugestões musicais com o que de mais tradicional há em Portugal. Amália Rodrigues é para muitos um sinónimo de música e os seus fados são intemporais.
‘Fado 67’ chegou recentemente ao mercado e é mais um lançamento da editora Valentim de Carvalho, que tem vindo a reeditar integralmente a obra de Amália Rodrigues. No total, este triplo CD é composto por 79 faixas, nem todas inéditas e algumas são apenas excertos de músicas.
Este álbum pretende comemorar o 50.º aniversário do LP homónimo, de 1967, aquele foi o primeiro registo em estéreo editado por Amália Rodrigues. Este triplo CD é reúne grande parte das sessões de gravações desse trabalho original, que foram feitas entre 1966 e 1968, período que correspondem ao auge da carreira da fadista.
Entre os grandes temas presentes neste novo trabalho, que também reúne músicas cantadas por Amália em francês, está o inesquecível ‘Maldição’. E é esse que lhe sugerimos ouvir desde já.
Boas composições e rimas afiadas são a imagem de marca de Elizabeth Eden Harris, conhecida no mundo artístico por CupcaKKe. Isso está bem patente naquele que é o seu terceiro álbum de originais.
‘Ephorize’ chegou às lojas já neste ano de 2018 e está a dar ainda maior projeção à carreira da rapper original de Chicago, Illinois, nos Estados Unidos. As 15 faixas do trabalho mostra ainda o amadurecimento da artista, mesmo com frequentes referências à sexualidade.
As batidas são poderosas, mas é nos versos descomplexados que mora grande parte do encanto desta obra. Em alguns dos temas, ‘CupcaKKe’ Harris dá-se até ao luxo de dialogar com a comunidade LGBT, com palavras plenas de carga erótica.
Em ‘Cartoons’, segundo tema do disco e que pode ouvir mais abaixo, a artista entra no quotidiano de um centro urbano e, no meio do caos, discute a sua sexualidade com referências a conhecidos personagens do mundo animado e sempre no seu estilo extrovertido.
Terminamos as nossas sugestões para a semana com The Legendary Tigerman, que é o nome artístico de Paulo Furtado, um músico português com aptidão para inúmeros instrumentos e um estilo visivelmente singular.
Na próxima semana ‘Misfit’ chega às lojas. Falamos do quinto álbum de estúdio do músico, mas o primeiro em que deixa de lado o conceito de ‘one man band’, conforme se verificou desde o início da sua carreira.
Já disponível nas plataformas digitais, este trabalho traz onze temas que foram gravados na Califórnia, Estados Unidos da América, no mesmo estúdio onde trabalharam, entre outros, Queens of The Stone Age, Iggy Pop ou os Arctic Monkeys.
Sobre este seu mais recente álbum, o ‘homem-trigre’ referiu-se assim: “Soa a estrada, a amor e a facas, a sonhos perdidos e aventura, a desejo e a alegria reencontrados. Foi um longo processo e espero que se apaixonem por ele tanto como eu. Fiz o meu melhor, e creio que valeu a pena”. A avaliar pelo tema ‘Fix of Rock’n’Roll’ valeu mais do que a pena.