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Novo ano, novos preços: Saiba o que muda em 2018

Sempre que entramos num ano novo é quase certo que alguns preços – de bens essenciais ou nem por isso – aumentem. Isto não é exceção em 2018, especialmente se estivermos a falar dos transportes, rendas de casa, portagens e refrigerantes.

No entanto nem tudo sobe. Há igualmente descidas, designadamente na eletricidade.

Ora confira:
Pão
A Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (AIPAN) diz que é expectável que o preço do pão sofra “correções” em 2018, devido ao aumento dos custos do setor, sem especificar o acréscimo em causa.

Já segundo a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, o preço do pão deverá subir 3 a 4%, depois de sete anos sem aumentos.

A carcaça em Lisboa passa a custar 24 cêntimos e no Porto 16 cêntimos. Pode haver ainda outros aumentos em virtude, até, da seca, mas a fixação depende das empresas.

Bebidas
No que respeita à actualização de preços, por via dos impostos, sabe-se já que as bebidas alcoólicas terão uma atualização de 1,4%, assim como as bebidas com adição de açúcar, que se estende aos concentrados de fruta.

O imposto a pagar pelas bebidas açucaradas vai aumentar cerca de 1,5% este ano.

Tabaco
No tabaco, até pode não haver subidas nos mais caros. As alterações levam a que só os maços até 4,70 euros é que terão de subir preços.

O aumento do Imposto sobre o Tabaco previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2018 pode significar uma subida de até 10 cêntimos no maço de cigarros.

Eletricidade
As tarifas de eletricidade no mercado regulado vão baixar 0,2% para os consumidores domésticos a partir deste primeiro mês do ano, abrangendo cerca de 1,2 milhões de clientes domésticos, o que representa uma diminuição de nove cêntimos numa fatura média mensal de 45,7 euros.

Os preços da eletricidade não desciam desde 2000, ano em que registaram uma redução de 0,6%, depois de no ano anterior terem recuado 4,7%.

Na EDP Comercial o preço da eletricidade vai aumentar em média 2,5% este ano, devido à subida do preço da energia do mercado grossista no último ano na ordem dos 24%.

Gás
A atualização tarifária só acontece a 1 de julho para os consumidores que se mantêm no mercado regulado.

Veículos
Comprar um carro novo pode custar mais entre 2,67 e 900 euros em 2018, devido ao agravamento do Imposto sobre Veículos (ISV), segundo a simulação da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), elaborada depois de conhecida a proposta de Orçamento do Estado.

A subida média é de 1,4%, ficando abaixo do agravamento de 3% do ano anterior.

Também o Imposto Único de Circulação (IUC), o antigo selo do carro, vai aumentar em média 1,4%. Assim, um carro de 2008, a gasolina, com 1.300 de cilindrada e emissões de 140 gramas de dióxido de carbono por quilómetro, que pagou este ano 152,16 euros, vai pagar em 2018, com a atualização, 154,29 euros.

Já o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) sofrerá a mesma actualização, mantendo-se o adicional ao ISP no montante de 0,007 euros por litro para a gasolina e de 0,0035 euros para o gasóleo.

Combustíveis
O Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) aumenta a partir desta segunda-feira, 1 de janeiro, segundo uma portaria publicada pelo Governo em Diário da República.

De acordo com o documento, a taxa do ISP aplicável à gasolina (com teor de chumbo igual ou inferior a 0,013 gramas por litro) é de 556,64 euros por mil litros (0,556 euros por litro).

No caso do gasóleo, a taxa de imposto é de 343, 15 euros por 1.000 litros (0,343 euros por litro).

Portagens
A fatura das portagens nas autoestradas deverá aumentar 1,42% este ano, à luz da taxa de inflação homóloga, sem habitação, em outubro, divulgada em 13 de novembro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Na rede Brisa, cujo valor médio de atualização tarifária é de 1,47%, destaque para o aumento de 45 cêntimos na autoestrada Lisboa-Porto (A1) para a classe 1, sendo este o maior aumento registado na atualização feita pela empresa, que afeta 26% dos troços.

Na A2, liga Lisboa e Algarve, e na A6, entre Marateca e Caia, o aumento é de 25 cêntimos, e na A3, que liga Porto e Valença, a subida é de 20 cêntimos.

Já a empresa Infraestruturas de Portugal vai aumentar os preços praticados nas portagens em 161 troços de autoestrada, abrangendo o equivalente a 32% da rede, com acréscimos entre cinco a 10 cêntimos.

De fora ficam 340 troços de autoestrada, ou seja, 68% do total, cujos preços nas portagens não têm aumentos este ano.

Transportes públicos
O preço dos bilhetes dos transportes públicos vai aumentar até 2,5%.

No Porto o tarifário Andante para 2018 tem um aumento médio de 1,4 %. O título Z2 continuará a custar 1,20 euros mas os restantes sobem cinco cêntimos. O preço dos passes mensais, tanto no Porto como em Lisboa, também vai aumentar.

Os cartões Lisboa Viva e Viva Viagem/7 Colinas não sofrem aumentos, ao contrário da Rodoviária, da Carris, STCP, transportes fluviais e comboios urbanos e suburbanos em percursos inferiores a 50 quilómetros, que terão um aumento máximo de 2%.

Vai haver um desconto de 25% do passe de transportes para os estudantes entre os quatro e os 18 anos. Será para todos os alunos, mesmo os que não têm apoio social.

Também o passe sub23, dirigido aos estudantes do ensino superior até aos 23 anos, foi alargado aos serviços de transporte coletivo de passageiros autorizados ou concessionados pelos organismos da administração central e regional, bem como aos serviços de transporte de iniciativa dos municípios, com um benefício igualmente de 23%.

Telecomunicações
As operadoras de telecomunicações Vodafone, Nowo, NOS vão manter os preços cobrados, assim como a Meo, que não altera os valores para os serviços fixos, mas atualiza alguns tarifários móveis pós-pagos.

Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
As taxas de IMI vão manter-se entre 0,3% e 0,45% para os prédios urbanos, já que o parlamento rejeitou a descida da taxa máxima para 0,4%, reivindicada tanto pelo PCP como pelo BE. No caso dos prédios rústicos, a taxa aplicável é de 0,8%.

Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT)
O IMT, imposto que incide sobre o valor inscrito nos contratos de transmissões onerosas do direito de propriedade ou sobre o valor patrimonial tributário (VPT) dos imóveis, consoante o que for maior, vai continuar a aplicar as mesmas taxas em 2018.

Os prédios rústicos são taxados a 5%,os prédios urbanos destinados exclusivamente a habitação própria e permanente têm uma taxa entre 0% e 6%, os prédios urbanos destinados exclusivamente à habitação têm uma taxa entre 1% e 6%, e os prédios urbanos não destinados exclusivamente à habitação e outras aquisições onerosas têm uma taxa de 6,5%.

Já os prédios (urbanos ou rústicos) ou outras aquisições cujo adquirente seja residente em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável têm uma taxa de 10%.

Rendas de casa
Este ano, prevê-se também um aumento de 1,12% do valor dos arrendamentos, mais do dobro da subida verificada em 2017. É o maior aumento desde 2013, correspondendo a mais 1,12 euros por cada 100 euros de renda, segundo um aviso relativo à atualização das rendas em 2018, publicado em Diário da República.

Aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, este aumento segue-se às subidas de 0,54%, registada em 2017 e de 0,16%, em 2016. Em 2015 as rendas tinham ficado congeladas na sequência de variação negativa do índice de preços excluindo a habitação registada nesse ano.

Os quatro anos anteriores, de 2011 a 2014, tinham sido de aumentos consecutivos das rendas: uma atualização residual de 0,3% em 2011 (mais 30 cêntimos por cada 100 euros de renda), de 3,19% em 2012, de 3,36% em 2013 e de 0,99% em 2014.

Para os inquilinos com rendas antigas, que estejam em processo de actualização extraordinária, este aumento anual não se aplica.

Água
A atualização dos preços da água a pagar no próximo ano depende do município de residência.

O tarifário de fornecimento de água e saneamento de águas residuais no Porto “mantém-se inalterado para 2018”. O mesmo acontecerá, por exemplo, em Vila Nova de Gaia, em Guimarães (pelo quarto ano consecutivo) e em Coimbra.

Entre os municípios onde a conta da água vai ficar mais barata está Braga, que decidiu, pelo segundo ano consecutivo, fazer uma redução generalizada de 2,5%. Já em Gondomar, numa factura média de 10 metros cúbicos, ocorrerá um aumento de 37 cêntimos para consumidores não-domésticos, enquanto para os domésticos o acréscimo será de 18 cêntimos.

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