Quem o garante é Diogo Costa, amigo de infância de Seabra, e que trabalha nos departamentos comercial e de imagem da Silva Salgado Vinhos, a produtora fundada há 17 anos em Cantanhede, distrito de Coimbra, que produz o referido vinho.
Galifão é o nome do vinho português dedicado a Renato Seabra, o manequim condenado em 2012 a uma pena de 25 anos de prisão por ter assassinado o cronista social Carlos Castro, com quem teria uma relação amorosa.
E há um porquê nesse nome. “Galifão contraria tudo o que as pessoas julgam dele. Ele é heterossexual”, frisou Diogo Costa.
“É uma palavra que tem muito significado para o nosso grupo de amigos de infância. O Renato e todos nós usávamos muito esta palavra entre nós quando éramos miúdos, principalmente em contextos como quando conhecíamos uma rapariga nova”, explicou o jovem de 28 anos.
Seabra, disse ainda, “adorou a ideia”. “Guardei as primeiras seis garrafas, quando fizemos a primeira colheita do Galifão, para lhe oferecer quando ele sair da prisão”, frisou Costa, referindo-se à pena que o amigo cumpre na Clinton Correctional Facility, nos EUA.
No entanto, o agora tão badalado néctar já tinha sido falado em maio do ano passado, altura em que a empresa produtora lhe deu nome. Agora surge relançado com maior mediatismo à boleia do aniversário do homicídio perpetrado pelo jovem de Cantanhede.
Galifão foi produzido a partir das castas tinta roriz, syrah e touriga nacional, tem cor robusta e quente e um aroma frutado, sendo ideal, por exemplo, para acompanhar com “um cabrito ou um cozido à portuguesa”.
O vinho tinto encontra-se à venda em vários espaços Intermarché e na própria produtora vinícola a um preço médio de 1,90 euros. Para breve fica prometida a comercialização do Galifão branco.