O metabolismo é o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior do nosso organismo. Podemos originar nova matéria, a isso chama-se anabolismo, como também causar a sua destruição, o catabolismo.
Por norma, o metabolismo é falado para justificar as variações de peso. Na verdade, a relação dieta e metabolismo é relativamente próxima, pois o metabolismo tem a capacidade de se adaptar a uma possível restrição alimentar (dieta hipocalórica) conduzindo a uma paragem ou aumento de peso. Ou seja, a forma como o organismo funciona desempenha um papel fundamental no processo de perda ou aumento de peso.
Dos 20 aos 30 anos
A produção de colagénio do corpo começa a estabilizar, sendo assim é interessante investir em alimentos ricos em colagénio, como as proteínas de origem animal, carnes vermelhas, brancas ou gelatina.
Quanto aos níveis hormonais, bem como, o metabolismo ainda se mantém equilibrados, podendo este ultimo ter algumas variações consoante a actividade física.
A ingestão de água é fundamental para as trocas de nutrientes e energia e, por isso, garante o bom funcionamento dos rins e do fígado. Promovendo a saúde do intestino e da pele.
Dos 30 anos 40 anos
É o período da vida em que a pessoa apresenta uma rotina de trabalho acelerada, ausência de horários estabelecidos para as refeições em conjunto com a diminuição da actividade física e stress diário, prejudicando muito a alimentação equilibrada. A par disso, existe uma queda do metabolismo, isso significa que é necessário haver uma menor ingestão calórica.
Há dois principais problemas na alimentação na fase adulta, como a escolha errada na selecção dos alimentos na hora da refeição e o facto de estar muitas horas sem comer. Esta combinação acaba por dar origem a doenças crónicas degenerativas, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes.
Existe a necessidade de manter uma dieta equilibrada e variada para garantir a ingestão adequada de todos os nutrientes (proteínas, hidratos de carbono, gorduras, vitaminas, sais minerais e fibras).
É importante nesta fase começar a ter em atenção o consumo moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar, pois podem contribuir para o aumento da massa gorda e para o envelhecimento precoce.
Dos 40 aos 50 anos
Aos 40 anos, a gordura corporal aumenta e é necessário adquirir algumas precauções. O consumo de proteína é fundamental para ganhar massa muscular, o que consequentemente aumentará o metabolismo, que nesta fase está em declínio constante.
A partir dos 50 anos
Nesta idade o indivíduo apresenta-se mais sedentário, consome menos quantidade de proteína e ingere menos quantidade de água. Com a menopausa começam a surgir problemas ósseos, por isso é crucial adaptar a alimentação.
Em Portugal o aporte hídrico na população adulta, é inferior ao recomendado em quase todos os grupos etários, sendo particularmente preocupante a situação no grupo etário mais elevado.
Após os 50 anos a hidratação corporal está diminuída em torno de 50%, pois o mecanismo de resposta de sede (composto pelos osmorreceptores) diminui com a idade, a quantidade total de água no organismo também é inferior em virtude da perda de massa muscular e ocorre igualmente uma redução da função renal.
Alguns nutrientes importantes nesta fase da vida são: cálcio, ferro, zinco, magnésio (vegetais folhosos são as melhores fontes, seguidos por legumes, produtos marinhos, nozes, cereais e derivados do leite); fósforo (sementes de abóbora, soja, amêndoa, semente de girassol, sardinha, amendoim), Vitamina D (Leite e derivados, gema de ovo, peixes), Vitamina A (fígado, leite e derivados, ovos, cenoura, batata doce, manga, espinafre, brócolos), Vitamina C (limão, laranja, caju, manga, papaia, morango e kiwi), Vitamina B12 (alimentos de origem animal são as únicas fontes naturais de vitamina B12, como produtos lácteos, carne, fígado, peixes, ovos).
Autoria do texto:
Sara Fiscaia Fraga, nutricionista
Clínica Biscaia Fraga – Centro Internacional de Cirurgia Plástica e Estética