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Dirigente do CDS quebra tabu ao assumir homossexualidade

Discreto no que toca à sua vida privada, o vice-presidente do partido centrista deu a sua primeira entrevista de vida e nela assumiu ser gay.

Adolfo Mesquita Nunes, atual vereador da Câmara da Covilhã, falou com naturalidade da homossexualidade ao jornal ‘Expresso’. Isto porque na altura da campanha eleitoral para as autárquicas recusou substituir um cartaz seu vandalizado, em que alguém escreveu “gay” por cima da sua imagem.

“Em junho, escreveram ‘gay’ num cartaz meu que estava num cruzamento muito movimentado. (…) Pedi que não o substituíssem porque não era mentira. Se alguém da minha equipa achasse que isto era um problema, que saísse. Ninguém saiu. E o cartaz lá ficou quatro meses. Passei por ele centenas de vezes e nunca me arrependi de o não ter tirado”, revelou.

O antigo secretário de Estado do Turismo disse ainda que se lhe chamassem “corrupto”, por exemplo, era uma “calúnia” e aí sim trocaria o cartaz.

“É algo que faz parte de mim e com que convivo perfeitamente e com naturalidade”, continuou o dirigente do CDS, depois de ser questionado pelo repórter se esta revelação era um “ato de coragem”.

O que é certo é que Adolfo Mesquita Nunes, que também é comentador político na SIC Notícias, quebrou um tabu, já que se tornou no primeiro alto dirigente de um partido português a falar publicamente sobre a sua homossexualidade.

Foto: Isabel Zuzarte/Facebook de Adolfo Mesquita Nunes