Depois de se ter dedicado por inteiro à maternidade, a atriz voltou ao trabalho em meados do ano passado, pouco antes de a filha, Índia, completar dois anos. Atualmente, Laura Galvão é uma agente da polícia espanhola, Olívia, “que ajuda o Vicente contra a rede de narcotráfico”, na novela a TVI “A Herdeira”.
Longe vão os tempos em que se estreou na série “Morangos com Açúcar”, agora a passar de novo na TVI Ficção, onde dava vida a Madalena, mas a protagonista não nega que essa tenha sido a sua “escola”. “Foi uma máquina de produzir atores e depois ou és ou não és”, recorda, salientando que não basta ter a porta aberta para se continuar na representação.
De novo mais exposta, nas últimas semanas, Laura deu que falar por ter assumido uma tentativa de suicídio na adolescência. “Eu tentei, não tenho porque negar. Tinha problemas, tive problemas. Tinha 13, 14 anos. Para mim, olhando agora para trás e tendo a minha filha, acho que foi uma chamada de atenção. Porque os problemas realmente são muito maiores dos que eu estava a viver na altura. Só que eu estava numa fase que a minha personalidade estava a desenvolver. E a partir do momento que apanhamos uma pessoa na nossa vida que faz chantagem psicológica connosco e que nos castra enquanto ser humano eu acho que um adolescente não se pode sentir bem, não se vai sentir bem. Ou isso ou drogas”, explica, deixando claro que a atitude serviu como lição.
Sobre a pessoa que provocou a quebra de autoestima e a eminência do desespero, não se abre, garantindo que “está completamente ultrapassado”: “Era uma menina. Ajuda-me nos dias de hoje a ver a vida de outra perspetiva, de uma outra forma, e sei que as pessoas que o fazem e sentem necessidade de o fazer têm uma razão”.
No passado, “tive a minha mãe que me ajudou. Levou-me a neurologistas, a psiquiatras, foi na altura em que entrei na escola de teatro. A escola ajudou-me muito. Foi um escape gigante. Ajudou-me a trabalhar a minha personalidade e a voltar a ganhar força para viver”, rebobina.
E foram duas as vezes em que tentou pôr termo à vida: “Bebi um líquido de limpar os vidros e depois, na segunda vez, incendiei o tapete do quarto, mas nada aconteceu dessas duas vezes. Uma pessoa quando se começa a ver aflita pede logo ajuda, daí dizer que é uma necessidade de chamar à atenção”.
Ultrapassadas as fragilidades e aos 29 anos, é ao lado de Diogo Andrade que vive o presente, não se coibindo de mostrar o quanto continuam apaixonados. Da relação, nasceu então Índia que, segundo Laura, “diz que quer trabalhar no trabalho da mãe”.
