Numa conversa de pouco mais de 10 minutos, mantida no calor do trânsito tão característico daquele país asiático, a atriz abriu a alma para percorrer o passado, o presente e o futuro.
Foi a cidade de Bombaim ou, oficialmente, Mumbai que Mafalda Matos escolheu para viver na Índia, também para estar perto do centro da ação de Bollywood. Lá, como nas outras localidades que visitou, encontrou hábitos bem diferentes daqueles que deixou para trás, na Europa.
“Sendo mulher e estando na Índia é sempre preciso ter algum cuidado. É preciso não abusar da cultura. Andar com mini-saia ou com os ombros destapados, em certos sítios, é muito problemático. Em Mumbai é melhor, aceitam melhor essas coisas, mas é preciso ter algum cuidado, principalmente à noite”, confidenciou a atriz que, ainda antes de abraçar esta aventura, chegou a partilhar uma fotografia totalmente nua no Instagram.
Nesse mesmo direto com os seus seguidores no Instagram, colocaram a a Mafalda Matos a pergunta da ordem: “Como foi viver a experiência dos Morangos com Açúcar?”. A resposta também já parecia preparada e constatou-se que, ao contrário do que se possa pensar, a experiência não foi um mar de rosas…
“Se eu gostei de participar em Morangos com Açúcar? Fazem sempre esta questão. Sim, mas foi um sentimento agridoce, por se trabalhar muitos horas. Foi uma experiência enriquecedora, a minha primeira como atriz, mas com 18 aninhos gravava 12 horas por dia… Era uma grande pedalada de trabalho, por outro lado aprendi a ser atriz nesse projeto. Depois fiz o conservatório e ganhei técnica, coisa que não tinha antes. Mas os Morangos foram uma escola de saber o que fazer e não fazer. Foi muito intenso”, recordou a atriz, agora de 29 anos.
Foi há 10 que viveu essa experiência e, entretanto, muita coisa mudou. Participou noutras telenovelas, mudou de país e conta que agora faz “muita moda, comerciais e Bollywood”. “Novelas na Índia? Por acaso vou fazer uma audição, mas não sei bem para o que é. Acho que tem a ver com novelas, vamos ver como corre”, projetou.
Apesar das barreiras que encontra, enquanto mulher, naquele país, Mafalda equaciona prolongar a sua estadia na Índia além do que estava inicialmente planeado. “Tenho visto de seis meses, até maio. Tenho tanto para fazer aqui, tantas formações que não me vejo a ir para Portugal tão cedo. A Índia tem muito para oferecer, principalmente fora de Mumbai”, explicou.
