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Emigrante português que gerou onda solidária não resistiu a cancro terminal

No início do ano, Daniel Raimundo comoveu o país quando, ainda emigrado na Bélgica, pediu ajuda para regressar a Portugal por ter a saúde debilitada e a vida a prazo, sem fundos para realizar a viagem por meios próprios. Voltou com a ajuda dos Bombeiros Voluntários Sul e Sueste do Barreiro, ainda realizou o sonho de ver um jogo do Sporting, mas acabou por morrer.

Taxista, mudou-se para terras belgas no final de julho do ano passado com o objetivo de melhorar a vida junto da irmã que lá tem. Era a primeira experiência fora do país e prontificou-se para qualquer trabalho.

Legalizado, Daniel inscreveu-se no sistema de saúde da Bélgica e, nessa altura, a 16 de novembro, nada lhe foi diagnosticado… Mês e meio depois, já com menos 20 quilos, voltou ao centro e ficou a saber que tinha um cancro no pâncreas em fase terminal.

Aos 43 anos, morreu em casa, no Barreiro, como desejava e o clube do coração já apresentou “as mais sentidas condolências à família e amigos enlutados”, destacando o “exemplo de garra de um leão que rugiu com todas as suas forças numa luta desigual”.