Foi a quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro nas eleições de 2016 e era “negra, feminista e popular”. Marielle Franco foi assassinada na passada quarta-feira no Rio de Janeiro.
E na segunda-feira, dia 19, Lisboa recebeu uma vigília em sua homenagem. Inês Castel-Branco, Rui Maria Pêgo e Paula Lobo Antunes responderam à chamada e disseram-se “presentes”, tal como tinha acontecido com os brasileiros no funeral da ativista.
Castel-Branco partilhou uma foto da vigília. Rui Pêgo publicou dois vídeos: um do discurso feito por uma brasileira (“É por isso que nós estamos aqui e não vamos esquecer. Marielle presente”, disse) e outro da multidão.
Já Paula Lobo Antunes optou por mostrar os cartazes com o nome da vereadora brasileira, percebendo-se assim que estava bem perto do centro de tudo.
O evento “Vigília pela Feminista Marielle Franco” foi organizado através do Facebook e contava com a adesão de 8500 pessoas. “O seu exemplo de luta merece a nossa homenagem”, refere a organização.
Marielle Franco e o seu motorista Anderson Pedro – que também não foi esquecido na vigília portuguesa – foram assassinados na região central do Rio de Janeiro.
Segundo tinha avançado a Polícia Militar, o carro onde se deslocavam os criminosos colocou-se ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam, altura em que Marielle foi atingida por quatro tiros na cabeça. As quatro balas provinham de um lote vendido em 2006 à Polícia Federal de Brasília.
Horas antes de morrer, num discurso durante a conferência ‘Jovens Negras Movendo as Estruturas’, Marielle disse não haver “tempo a perder” para mudar a desigualdade no Brasil. “Não podemos esperar mais dez anos ou achar que eu estarei ali [na Câmara] por dez anos”, disse a vereadora brasileira de 38 anos.
Imagens: Instagram