Atualidade

Funeral de Marielle Franco marcado por comoção com o povo a gritar “presente”

A morte da deputada brasileira, alvejada a tiro na noite de quarta-feira, continua a dominar a atualidade, até porque as cerimónias fúnebres foram carregadas de simbolismo e vontade de a perpetuar na história.

O funeral de Marielle Franco foi reservado a familiares e amigos que se despediram dela esta quinta-feira, no cemitério de Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Bastante emocionados, todos rezaram e apelaram a que se faça Justiça.

Ainda durante o velório da ativista, milhares de pessoas juntaram-se à volta da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para protestarem também por Justiça, não fosse esta uma das lutas de Marielle.

Isto depois de uma multidão se concentrar no Palácio Pedro Ernesto, onde fica a Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, num ambiente de grande comoção.

Entidades ligadas aos direitos humanos, principalmente das mulheres e dos negros, distribuíram cartazes em homenagem à vítima que tanto atuou nessa área, nesse momento, quando alguém gritou pelo nome dela o povo respondeu com “presente”, selando assim a sua imortalidade no que respeita à causa.

De destacar a presença de muitos estudantes para quem “Marielle era a esperança na Câmara”, descrevendo-a como “séria e combativa no meio de tantos maus políticos”. Qualidades que muitos apontam como a sua sentença de morte, por incomodar o poder e até as autoridades.

E, já esta sexta-feira, a verdade é que se confirmou que a munição usada no homicídio de Marielle Franco pertencia à Polícia Federal do Brasil, avança a RJTV. A origem foi apurada após a perícia às balas encontradas na cena do crime.