A jornalista, que já se tinha juntado à causa de Gabriel Cruz, menino espanhol desaparecido, ficou naturalmente consternada com a notícia da morte do menino de 8 anos.
O corpo de Gabriel foi encontrado este domingo, 11 de março, precisamente 12 dias depois de ser dado como desaparecido. A onda solidária que o caso gerou no país vizinho foi tal que o facto de agora haver suspeitas de homicídio ainda deixou todos mais horrorizados.
Foi o caso de Sara Carbonero que comentou nas redes sociais: “Que horror. Descansa em paz pequeno Gabriel”. Tudo horas depois da mulher de Casillas ter começado o dia a lembrar uma outra tragédia: os atentados de Madrid de 11 de março de 2004.
“Não esquecemos”, escreveu na legenda da imagem de uma vela acesa, onde sublinhou ainda o dia.
Há 14 anos, uma dezena de bombas, colocadas estrategicamente em quatro comboios urbanos, na linha de Alcalá de Henares, que terminava na estação da Atocha, explodiram quase em simultâneo.
Morreram 192 pessoas neste dia, espanhóis e imigrantes, provocando ainda, segundo os números oficiais, 1853 feridos. Tudo em menos de cinco minutos. Os atentados foram organizados pela al-Qaeda.
Quanto ao caso de Gabriel, a namorada do pai da criança foi detida este domingo, dia 11, pela Guardia Civil quando transportava o cadáver do menino na mala do carro.
O único vestígio encontrado do menor foi uma camisola interior encontrada por Ana Julia Quezada Cruz, a suspeita, durante uma busca em Níjar (Almería), conforme frisou o Ministerio del Interior.
Essa camisola era aliás a única ‘prova’ do desaparecimento de Gabriel Cruz, já que nada mais foi encontrado.
A mulher, com cerca de 35 anos, esteve sempre com o pai de Gabriel durante o tempo que durou a árdua busca da criança que chegou ao fim neste dia, e sempre se mostrou emocionada com o desaparecimento, refere a imprensa espanhola.
O ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido, que seguiu o caso de forma muito próxima, foi um dos políticos que reagiu com consternação e dor a esta morte.
Mariano Rajoy, chefe do governo espanhol, partilha “com todos os espanhóis a dor pela perda de Gabriel”, usando a hahstag do momento #TodosSomosGabriel.
Albert Rivera, presidente do partido Ciudadanos, disse-se “partido pelo assassinato de Gabriel”.
O capitão do Real Madrid Sergio Ramos, os cantores David Bisbal e Alejandro Sanz e o ator Antonio Banderas também reagiram nas redes sociais.
Gabriel foi visto pela última vez na terça-feira, 27 de fevereiro, quando deixava a casa da sua avó paterna e voltava para a casa dos seus primos em Las Hortichuelas de Níjar (Almería).
Os pais acreditavam que o menino tinha sido raptado. Agora está cada vez mais confirmada a hipótese de homicídio, sendo que a namorada do pai é a principal suspeita.
Imagens: Redes Sociais