Está na moda, mas a verdade é que já vem da década de 1960, quando Yves Saint Laurent ousou e apagou a linha que separava a moda masculina da feminina, adaptando o smoking às mulheres.
E a peça afirmou-se como tal, sendo reinterpretando ao longo dos tempos consoante as restantes tendências e até gerações, sem nunca perder a essência que o inspirou.
Mais ou menos arrojado, o smoking marca o estilo com personalidade e a uma nota de ousadia que se diferencia mesmo numa qualquer passadeira vermelha da atualidade.
Assim provou Emma Stone na cerimónia dos Óscares, no passado domingo, em Hollywood ao fugir do óbvio vestido longo, sem contudo deixar de brilhar. A vencedora da estatueta de Melhor Atriz pelo filme “La La Land” apostou num coordenado calça e blazer e provou ainda que na moda é possível quebrar regras sem chocar.
Criado pelo estilista Nicolas Ghesquière para a Louis Vuitton, o smoking era tudo menos convencional, conferindo a Emma toda a elegância que a ocasião exigia. Executado em seda acetinada, combinou umas calças cigarrette pretas com um casaco bordô, sem nada por baixo, num assumir claro da sensualidade feminina, com um grande laço rosa a dar o remate final.
Mas bons exemplos não faltam, até porque, na véspera, num evento à margem dos prémios da Academia de Cinema, a portuguesa Sara Sampaio também se tinha destacado com um atrevido smoking Giorgio Armani, no caso com as costas destapadas.
Sinónimo de personalidade, o smoking não se reserva a momentos mais formais ou de gala, pudendo ser usado também de dia e em modo mais casual, principalmente se só for usado o casaco com calças de ganga, uma saia ou um vestido, com o calçado a também ter importância no objetivo final, pois tanto se pode usar com saltos vertiginosos como com as tão democráticas sapatilhas.