Este é o primeiro dispositivo que consegue, literalmente, ler mentes. Trata-se de um fone capaz de realizar diversas ações humanas tendo como base os nossos pensamentos.
A ideia foi desenvolvida no MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, com o objetivo de tornar menos constrangedores os contactos com interfaces como a Siri, da Apple.
O AlterEgo é então um mecanismo que transcreve o que os utilizadores pensam sem ser necessário verbalizar, através de um sistema de elétrodos conectados à pele.
O dispositivo é preso por cima da orelha e usado ao redor da mandíbula e do queixo. Quatro elétrodos entram em contacto com a pele e são os responsáveis por captar os sinais neuromusculares que são acionados cada vez que uma pessoa pensa.
Isto torna-se possível graças à subvocalização, uma prática inerente aos seres humanos que consiste em “falar palavras” apenas na nossa cabeça, sem dizê-las em voz alta.
De uma forma prática, quando um utilizador fala consigo mesmo, a inteligência artificial presente no dispositivo descodifica tanto sinais como palavras específicas, verbalizando-as não em voz alta, mas num computador.
Arnav Kapur, o jovem que liderou o desenvolvimento do sistema no Media Lab do MIT, explicou ao site da faculdade que a ideia dos investigadores era “ter uma plataforma de computação interna, que juntasse humanos a máquinas e que proporcionasse uma extensão da nossa própria cognição“.
Num teste realizado com 10 pessoas, durante 15 minutos, o AlterEgo conseguiu uma média de 92% de precisão na transcrição do que cada um dos participantes pensava, passando com distinção no teste.
O objetivo passa por tornar a comunicação com interfaces como a Siri, da Apple, menos constrangedora, permitindo que interfaces deste tipo comuniquem com os utilizadores de maneira silenciosa.
Imagens: Youtube e Mark Toland/Instagram