A televisão é o lado mais mediático da profissão, mas é no palco que Albano Jerónimo se realiza como artista de créditos reconhecidos que é capaz de arrancar a pele pelo amor à representação.
Recentemente, o ator subiu à cena no Porto com o espetáculo “Tito — ensaio sobre o poder”, inspirado na primeira tragédia de William Shakespeare. Juntamente com o Crinabel Teatro arrancou muitos elogios e emocionou na Casa da Música, no Porto.
Este foi o último dos três espetáculos do grupo Crinabel, composto por pessoas com necessidades especiais e encheu Albano de orgulho, não por ele, mas por todos os que fizeram parte do projeto e, num sentido mais amplo, por todos os que amam o teatro.
“Comove-me esta nossa luta, este nosso grupo da Crinabel e este desejo de um mundo, país, cultura melhor, transformando o corpo no palco”, descreveu pouco depois de descer o pano. Assumiu ainda esta é “uma luta pelo respeito, pela dignidade, contra a precariedade e pelo futuro das artes e dos artistas em Portugal”.
Aos 38 anos, Albano é um homem discreto que prefere ser falado pelo trabalho do que pela vida pessoal e, talvez por isso, só se tenha sabido do fim da longa relação com Cláudia Chéu quando o assumiu na televisão, três anos depois de ter acontecido.
O casal tem uma filha, Francisca, de seis anos, e ficou uma forte amizade, sendo notório que o apoio é mútuo, ate porque são muitas as vezes em que partilham projetos, como foi o caso desta última peça.
Na vida real, Albano Jerónimo vive atualmente um romance intenso com a portuense Francisca Van Zeller, mas na ficção nem tudo é fácil na novela da SIC “Paixão”, onde na pele do protagonista Miguel tem visto vários obstáculos ao amor que o une a Luísa, a personagem de Margarida Vila Nova.
Muito em breve o galã voará até Cannes com a estreia do filme “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, no famoso Festival de Cinema, já no próximo mês. A película, falada em português e rodada integralmente em Portugal, conta ainda com a participação de Vincent Cassel, Nuno Lopes, António Fagundes e música de Chico Buarque e Edu Lobo.