As afirmações foram feitas pelo próprio para o documentário filmado pouco antes da sua morte.
Em ‘Avicii: True Stories’, o jovem músico diz que “vai morrer” se não parar de atuar. Em causa os seus problemas de saúde – pancreatite grave fruto dos abusos de álcool e drogas – e ataques de pânico.
“Eu disse tantas vezes: ‘Vou morrer'”, contou Avicii, referindo-se às pressões que teve para continuar a dar concertos e manter um ritmo frenético de trabalho (ele que ficava dias sem dormir), ao mesmo tempo que tentava travar as suas dependências.
O documentário foi lançado em outubro do ano passado e, embora também tenha sido disponibilizado na Netflix no início deste mês de abril, foi retirado do serviço de streaming após a morte do DJ e produtor, no passado dia 21.
O documentarista sueco Levan Tsikurishvili, amigo de longa data de Avicii, filmou o artista durante quatro anos, narrando a sua ascensão meteórica à fama e captando também o momento em que se decidiu retirar das performances ao vivo, em março de 2016.
Assim podemos ver Tim Bergling [nome verdadeiro do músico] a dar essa notícia aos managers e parceiros de negócios, numa reunião em Las Vegas, antes de revelar isso ao mundo.
“Não vou poder atuar mais. Vou morrer. Eu já disse isso muitas vezes. Então não quero ouvir que devo pensar em fazer outro espetáculo”, pediu à equipa, acrescentando que ao tocar nos últimos concertos deixou-o com ataques de pânico.
“Vou entrar em pânico, vou entrar em pânico, de verdade, não vou conseguir, não vai funcionar”, disse no documentário.
Aos 21 anos – precisamente quando teve o seu primeiro grande sucesso -, foi-lhe diagnosticada uma pancreatite aguda – uma inflamação potencialmente fatal do pâncreas – devido em parte ao consumo excessivo de álcool.
Em 2014, Bergling foi novamente hospitalizado e forçado a remover a vesícula biliar e apêndice.
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